Skank vai agitar aniversário de Aracaju

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14/03/2011 10h17

Nesta quinta, 17 de março, a capital sergipana festeja seus 156 anos em grande estilo, com shows das bandas Skank e Cavaleiros do Forró. A festa acontece na praça Hilton Lopes, entre os mercados municipais, a partir das 21h. Prometendo uma apresentação à altura da importância da data comemorativa, a banda mineira formada pelos meninos Samuel Rosa (guitarra e voz), Henrique Portugal (teclados), Lelo Zaneti (baixo) e Haroldo Ferretti (bateria) agitará o público com os seus grandes sucessos.

'Ainda Gosto Dela', ‘É uma partida de Futebol' e ‘Mil Acasos', além da nova 'De Repente' são algumas das canções que fazem parte do CD/DVD 'Multishow ao vivo no Mineirão', que será apresentado em Aracaju. Para saber um pouco mais sobre a banda, seus projetos e expectativas para a festa dos 156 anos da capital sergipana, confira a seguir uma entrevista exclusiva concedida à Agência Aracaju de Notícias pelo tecladista do Skank, Henrique Portugal.

AAN - Recentemente a banda lançou o DVD/CD Multishow Ao Vivo - Skank no Mineirão. O que vai ser apresentado no show do aniversário de Aracaju?
Henrique Portugal (HP) - Tudo não dá, porque senão tocaríamos a noite inteira, mas não vai faltar grande parte dos sucessos do grupo, as músicas mais conhecidas. O show, na verdade, tem praticamente todos os nossos grandes sucessos, além de três músicas inéditas. Uma delas já é bastante conhecida, ‘De repente', que já tem tocado nas rádios de todo o Brasil. Como é uma festa para a cidade também, o show vai fazer todo mundo cantar e se divertir o tempo todo.

AAN - Durante os quase 20 anos de carreira, o Skank já recebeu vários prêmios, como o Grammy Latino, VMB, Multishow e outros. Depois de tantas conquistas, quais os próximos desafios da banda?
HP - Estaremos lançando uma brincadeira muito legal nesta segunda, 14, que é o skankplay.com.br, onde o público poderá tocar a música ‘De Repente' com a gente. A pessoa pode gravar cantando, tocando, ou fazendo alguma performance e postar um vídeo próprio. Qualquer pessoa poderá participar e interagir com todos da banda, tocando uma música nossa.

ANN - Essa seria uma forma do grupo se aproximar ainda mais dos fãs? É uma das novas ferramentas de comunicação para divulgar o trabalho, se relacionar com os fãs e se posicionar no cenário musical?
HP - Isso mesmo. A galera gosta de cantar em casa, no chuveiro. Então porque não tocar junto com a gente? Ou tocar, ou fazer aquela performance, tocar com uma panela, fazer qualquer coisa, porque a pessoa vai poder gravar o vídeo em casa. A brincadeira será bastante divertida, com certeza.

ANN - E isso mostra também como o grupo tem feito uso das novas tecnologias em favor de uma relação mais próxima com o público...
HP - Isso. A gente sempre gostou dessas brincadeiras tecnológicas. Na verdade, essa é uma nova forma de nos aproximar dos fãs. A gente já usou os fãs para selecionar o repertório dos shows, já ganhamos vários prêmios. A internet, na verdade, veio para facilitar o contato do artista com o fã. E isso a gente faz questão de usar. No casso do álbum no Mineirão, utilizamos o site como ferramenta para o público nos ajudar a escolher quais as músicas que cantaríamos, pois, por ser um álbum ao vivo, é um álbum para o fã, então chamamos o próprio público para a escolha.

ANN - Qual a expectativa dos integrantes da banda em relação ao Rock in Rio? Como é tocar num festival de música que marcou época no Brasil e ajudou a colocar o rock nacional no contexto internacional?  
HP - O Rock in Rio é uma coisa muito bacana. Nós tivemos a oportunidade de tocar no Rock in Rio em Lisboa, há três anos. Para mim, que já tive a oportunidade de curtir a festa em três edições, tocar no Rock in Rio é sensacional. A programação é bastante eclética, estamos agendados para tocar no mesmo dia do Coldplay. É um grande festival, uma festa tranquila e um sonho. Com certeza, parafraseando o nosso campeão do carnaval carioca, teremos muitas emoções.

ANN - A música brasileira sempre se reinventa e revela novos talentos. Como vocês analisam a cena musical do Brasil na atualidade?  Que bandas mais têm se destacado e em que aspectos?
HP - Há cinco anos, tenho um programa de bandas independentes chamado ‘Frente', que é distribuído para 30 rádios do interior de Minas Gerais. Tem também no Ceará, no Paraná e Rio de Janeiro. E está começando a surgir uma nova safra de nomes com conteúdo interessante, muitos que não ainda não tiveram uma oportunidade. Eu posso citar a banda Udora, de Belo Horizonte, cujo novo CD acabei de escutar e está muito legal. Tem outra, que é a Faluja, de Brasília, que também é bem bacana. Então, vem uma cena nova, uma geração pós emo, e eu acho que teremos boas alegrias. O Brasil tem tudo para mostrar uma geração nova e bem legal.

ANN - Para essas bandas que estão começando, o Skank pode revelar o segredo da longevidade?
HP - A gente faz o que gosta, faz com carinho, trabalha muito, escuta muita música, se diverte nos shows, coisas que fazem parte das nossas vidas. Talvez o grande sucesso é porque fazemos o que gostamos, e buscamos sempre estar feliz e ser fiel ao nosso trabalho e público.