por Daniel Nascimento
Dezesseis horas diárias. Essa é a carga horária dos operadores de áudio no Forró Caju 2012. São cinco profissionais, três técnicos e dois assistentes que permitem que toda a festa aconteça. São duas mesas de som PM5D, com 48 canais, e duas M7CL fazendo a mixagens do palco Luiz Gonzaga, ligado a 96 caixas NEXO espalhadas pela praça de eventos Hilton Lopes.
A montagem do sistema de som iniciou no dia 13, e desde esse dia recebe manutenção diária para manter a qualidade até o final do evento. "A maior dificuldade num evento como esse é que temos que fazer manutenção diária em todo o equipamento", explica o técnico responsável, Ricardo Abraão. Segundo ele, o sistema usado no Forró Caju é francês com tecnologia japonesa. "É o melhor equipamento que existe", comenta.
Ricardo Abraão, ou Ricardinho, como é chamado nos bastidores, tem 35 anos e há 15 trabalha com som profissional. Segundo ele, o Forró Caju "é um grande evento que precisa de muita técnica para operar o sistema". Durante toda a noite a equipe da empresa Ricardo Sá trabalha para garantir a melhor qualidade de som. "A cada mudança de show fazemos a mixagem toda para o que a banda precisa", explica Ricardo.
Técnico de som há mais de 25 anos, Cristiano Andrade, o ‘Negão operador', trabalha no Forró Caju desde as primeiras edições do evento. Segundo ele, algumas bandas são mais difíceis do que outra de fazer, mas a noite pode ser resumida em duas palavras: trabalho e correria. "Temos que fazer a mixagem de todos os instrumentos e passar o som antes. A equipe chega aqui cedo e só sai depois do último show, de guardar tudo", comenta.
Formação
Engana-se quem acredita que esse é um trabalho fácil. Além das horas de trabalho, é preciso uma formação adequada. Segundo Ricardo, a formação leva, geralmente, muito tempo, e só é feita em Salvador ou São Paulo. "Não é fácil. São três anos para poder começar como técnico de som e aqui não há cursos", explica.
