Guarda Municipal

PMA trabalha no controle e prevenção da esquistossomose

Saúde
11/05/2011 08h55

A Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA), através da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), tem trabalhado diariamente para controlar e prevenir a esquistossomose, doença provocada principalmente, pelo contato com alguns tipos de caracóis como o caramujo. Para controlar a incidência da doença, a SMS conta com o trabalho dos agentes de saúde que são os responsáveis pelo primeiro contato com os moradores.

"São os agentes que coletam os materiais para serem analisados no laboratório com o objetivo de detectar casos positivos e negativos. Além disso, os resultados positivos são cadastrados e encaminhados para unidade de saúde mais próxima do paciente", informa o coordenador do programa de controle da esquistossomose, José Chagas.

O tratamento da esquistossomose é gratuito e o medicamento está disponível em todas as Unidades de Saúde da Família. "O tratamento é feito por antiparasitários, substâncias químicas que são tóxicas ao parasita, e a pessoa em tratamento recebe comprimidos para tomar por 1 ou 2 dias. Isto é suficiente para eliminar o parasita, o que elimina também a disseminação dos ovos no meio ambiente. Em casos de doença crônica, as complicações requerem tratamento específico", explica.

Em alguns bairros onde há problemas históricos de saneamento o contagio da doença se dá de forma mais intensa, mesmo com as várias ações e intervenções da PMA. Até março deste ano somente no bairro Santa Maria foram detectados 448 casos. "Condições ambientais e de infra-estrutura são favoráveis para a proliferação do parasita como, a falta de saneamento básico, período chuvoso, quintais com muito mato. É preciso trabalhar também na perspectiva de resolução desses problemas", alerta.

Doença

A infecção ocorre quando a pele entra em contato com água contaminada onde vivem certos tipos de caracóis que carregam a esquistossomose. A água fica contaminada pelos ovos da Schistosoma quando pessoas infectadas urinam ou defecam nela.

"O parasita pode sobreviver cerca de 48 horas e podem penetrar na pele de pessoas que estão se banhando ou nadando na água contaminada de lagos, canais ou rios. Dentro de semanas o verme cresce dentro dos vasos sanguíneos da pessoa e produzem ovos que viajam até a bexiga ou intestinos e são passados para a urina ou fezes", explica o coordenador.

Sintomas

No momento da contaminação pode ocorrer uma reação do tipo alérgica na pele com coceira e vermelhidão, desencadeada pela penetração do parasita. Esta reação ocorre aproximadamente 24 horas após a contaminação.Depois de 4 a 8 semanas surge quadro de febre, calafrios, dor de cabeça, dores abdominais, inapetência, náuseas, vômitos e tosse seca.

"É importante deixar claro que não tem como acabar com a doença porque isso pressupõe o extermínio de parasitas como o caramujo que faz parte da fauna brasileira e contribuem com o equilíbrio ambiental. O nosso trabalho diz respeito ao controle da doença", esclarece.