Prefeito recebe família de Aracaju que representará o Brasil em solenidade com o presidente Lula

Família e Assistência Social
11/03/2008 07h49
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Assombrada pelo desemprego, a miséria, a violência e o alcoolismo do marido, Joselita de Jesus Silva, 41, passava toda sorte de privações e vivia numa situação de completa vulnerabilidade social. Os filhos menores catavam latinha na rua para ajudar na renda doméstica e o mais velho por pouco não acabou seguindo o caminho do crime. Tudo começou a mudar quando essa família encontrou a dignidade e a oportunidade para construir novas perspectivas ao ser incluída nos programas sociais do Governo Federal, gerenciados pela Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA).

Além de serem beneficiados pelo Bolsa Família, o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti) e o Agente Jovem, os filhos de Joselita voltaram a estudar, melhoraram o desempenho e a sociabilidade escolar e, assim como mãe, estão buscando qualificação profissional nos cursos oferecidos pela Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (Semasc) no Centro de Referência da Assistência Social (Cras) João de Oliveira Sobral, localizado no bairro Santos Dumont. A família foi recebida na tarde de ontem, segunda-feira, pelo prefeito Edvaldo Nogueira antes de embarcar para Brasília, a convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para participar da assinatura do termo de Cooperação Técnico-Financeiro rumo à ampliação de programas sociais em municípios brasileiros. A solenidade, realizada amanhã, quarta-feira, marca as comemorações aos quatro anos de criação do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e contará com o depoimento dessa sergipana de Aracaju que venceu as adversidades com o apoio do poder público.

Joselita e cinco dos seus sete filhos foram escolhidos para representar os beneficiários atendidos em todo o País pelo Governo Federal e integrados ao Sistema Único de Assistência Social (Suas). Os critérios de escolha foram o tamanho do impacto dos programas de transferência de renda e os avanços socioeconômicos numa das famílias acompanhadas integralmente pela rede de proteção social dos Cras. Os programas da assistência social dos municípios contribuíram em 21% para que o índice ´geni´ - que mede a desigualdade - chegasse a 2.7% no país.

"Me sinto satisfeita e orgulhosa por ter recebido essa oportunidade e estou muito feliz com isso. Todos os programas que aparecem estou me encaixando, não perco uma oportunidade. Estou preparada para ser recebida pelo presidente Lula. Se Deus me concedeu essa virtude, então vamos em frente. Quero aproveitar esse momento para mostrar aos meus filhos que os meus conselhos estão se realizando hoje: trabalhando, respeitando e fazendo tudo certinho a gente chega num bom lugar. Por sinal estão aqui", comemorou Joselita de Jesus.

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Essa mulher guerreira hoje trabalha como doméstica graças aos cursos de culinária que fez pela Prefeitura de Aracaju, vê um futuro promissor para a família e melhorou a relação com os filhos. "Mudou tudo. O jeito de conviver com eles, de aprender a respeitar o espaço deles para que eles respeitem o meu. Aprendei a me relacionar melhor com as pessoas, a escutar e a dar atenção. O dinheiro e os cursos ajudam muito, mas a conversa com os psicólogos e psicopedagogos foi o mais que ajudou", relata.

Para o prefeito Edvaldo Nogueira são esses momentos que fazem valer à pena a responsabilidade de administrar a cidade de Aracaju. "É nessas horas que vale à pena governar: ver o resultado do nosso esforço e a satisfação da sociedade através de ações que melhorem a vida das pessoas, principalmente daquelas que mais precisam. Exemplos como esse mostram que a política social da Prefeitura tem dando resultado. É tanto que Aracaju é referência no Brasil e chegou a receber um prêmio do Governo Federal pela excelência na implementação dos programas sociais", comemora.

Para a secretária da Semasc, Rosária Rabelo, histórias como a de Joselita demonstram a qualidade dos serviços sócio-assistenciais prestados nos Cras e mais do que isso: o impacto sobre essas famílias na que diz respeito à diminuição da miséria e, principalmente, no fortalecimento familiar. "Essas ações têm alterado a vida de milhares de pessoas não apenas do ponto de vista material, mas, sobretudo, de atitudes. A marca da violência tem sido substituída ao poucos pelo diálogo e percebemos uma mudança de comportamento", avalia.