Edvaldo apresenta projeto do aterro aos vereadores

O prefeito Edvaldo Nogueira se reuniu na tarde desta terça-feira, 28, com vereadores da Câmara Municipal de Aracaju para apresentar o projeto de construção do Aterro Sanitário da Região Metropolitana de Aracaju. O encontro, realizado na sala de reuniões do Centro Administrativo, teve como intuito apresentar o projeto aos parlamentares e discutir medidas para que ele saia do papel o mais rápido possível.

“O assunto ganhou uma repercussão muito grande por causa da urgente necessidade que temos hoje para a construção do aterro sanitário. Vivemos uma situação complexa no que diz respeito ao destino final dos resíduos sólidos de nossa cidade. Nós decidimos enfrentar o problema e vamos tomar todas as providências possíveis para solucioná-lo. Convidei os vereadores para que eles possam conhecer a fundo esse projeto, para se somem nessa luta”, afirmou o prefeito.

Ainda segundo Edvaldo Nogueira, se dependesse da Prefeitura de Aracaju, o projeto já estaria sendo construído. Como os levantamentos técnicos constataram que na capital não há nenhum local adequado para a implantação do aterro, este só poderá ser construído através de uma parceria entre Aracaju e os municípios vizinhos de São Cristóvão e Nossa Senhora do Socorro, que em 2009, assinaram o Consórcio Metropolitano Integrado, com o objetivo de solucionar o problema do lixo.

A área conhecida popularmente como Palestina foi apontada pela equipe de técnicos da empresa Terra Viva - responsável pela elaboração do projeto - como a mais adequada para a construção do aterro, isso depois de um estudo que analisou 20 possíveis áreas. A Administração Estadual do Meio-Ambiente (Adema), no entanto, foi desfavorável ao projeto, argumentando que o local apresenta alguns impedimentos técnicos que inviabilizam a construção da obra.

O vereador Danilo Segundo destacou que a atitude do prefeito em reunir a bancada de vereadores é louvável, pois assim as instâncias da administração da capital poderão discutir meios para contornar os entraves que barram a construção do aterro sanitário. “Temos que mostrar à sociedade que a prefeitura já está com o projeto pronto há muito tempo. Os técnicos já demonstraram a viabilidade do local, mas devido a um impasse entre os laudos da empresa responsável e o da Adema, a obra não pode ser iniciada”, comentou o parlamentar.

Impasse

De acordo com o geólogo Derlan Ortiz, responsável por acompanhar a elaboração do projeto, a Adema se preocupa muito, e com razão, com a sensibilidade da área. No entanto, a dificuldade enfrentada é demonstrar ao órgão que o projeto foi todo ele elaborado com o cuidado de preservar e proteger o meio ambiente, observando todas as medidas cabíveis e necessárias.  

“Esse impasse decorre de discordâncias nos resultados das análises feitas pelos técnicos contratados pela prefeitura dos da Adema. Uma delas é se existe ou não um lençol freático no terreno escolhido. Mesmo análises rigorosas são passiveis de equívocos. O problema, todavia, é que não foi dada a oportunidade de a gente esclarecer quais são esses pontos, para que possamos, enfim, chegar a um consenso”, afirmou Ortiz.

Presenças

Participaram da reunião os vereadores  Emanuel Nascimento (presidente da Câmara), Ivaldo José, Karla Trindade, Danilo Segundo, Moritos Matos, Miriam Ribeiro, Rosângela Santana, Bertulino Menezes, Emanuel Messias e Valdir Santos, e ainda as secretárias Lucimara Passos (Emsurb) e Fabiana Passos (Chefe de Gabinete).