Edvaldo apresenta projeto do aterro na CDL

Agência Aracaju de Notícias
18/08/2011 18h47
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Atendendo ao convite da Câmara de Dirigentes Lojistas, o prefeito Edvaldo Nogueira apresentou o projeto do Aterro Sanitário Metropolitano de Aracaju, nesta quinta-feira, 18, durante reunião com membros da entidade. Desde o mês de julho, o prefeito vem realizando vários encontros com autoridades políticas, membros da sociedade civil e veículos de comunicação para esclarecer dúvidas sobre o projeto e apresentar as sua viabilidades de implantação no local previamente determinado pela análise técnica.

"Nos últimos 15 dias, já foram realizadas reuniões com 20 associações de moradores e, nesta manhã estive reunido com o Ministério Público para discutir sobre a viabilidade de implantação do projeto no local previamente determinado. Há três anos, a Prefeitura vem realizando estudos e relatórios técnicos sobre a construção do aterro, nada foi idealizado do dia para a noite. Por isso, tenho convicção de que esse projeto apresenta as devidas adequações estruturais e socioambientais como determina as normas e legislações vigentes sobre a destinação dos resíduos sólidos", explica o prefeito Edvaldo Nogueira.

Desde 2009, os municípios de Aracaju, Nossa Senhora do Socorro e São Cristóvão formalizaram o processo de Consórcio Metropolitano Integrado, com o objetivo de conferir um destino adequado aos resíduos sólidos gerados nessas três regiões urbanas. Através de um minucioso parecer técnico, realizado por geólogos, engenheiros e analistas ambientais, foi definida a área situada no município de Nossa Senhora do Socorro, ao lado da lixeira da Palestina, como o local mais viável para a construção do aterro sanitário.

O terreno, com cerca de 60 hectares, apresenta diversas condições favoráveis para a instalação do empreendimento, como a distância de 13,4 Km do aeroporto Santa Maria, a distância mínima de 500m do núcleo de povoamento mais próximo, além de possuir um solo com baixa permeabilidade de infiltração dos resíduos superficiais para as áreas mais subterrâneas. Mesmo com um rigoroso parecer técnico sobre a viabilidade da construção do aterro, a Administração Estadual do Meio ambiente (Adema) ainda discorda que a área escolhida seja o local apropriado para a sua instalação.

"Os estudos apontam que as rochas da formação ‘Calumbi', que constituem a base do solo da área, impediriam a infiltração dos sedimentos para as áreas subterrâneas do local. E é justamente com relação a esse ponto que o parecer técnico dos analistas da Adema discorda da análise realizada pela equipe de profissionais contratados pela Prefeitura. Para a resolução do impasse, sugiro o parecer de um especialista de fora para analisar se o local é adequado ou não. Mas, de antemão, já fico seguro que não há medida mais correta e adequada ambientalmente do que a proposta por esse projeto", afirma o prefeito.

Investimento

Atualmente o município de Aracaju investe R$ 65 milhões de reais no tratamento de coleta do lixo urbano. Só com a análise técnica e todo o planejamento prévio do projeto de implantação do aterro, a cidade investiu mais de R$ 800 mil em recursos. Se liberada a concessão da obra, o valor do empreendimento custará aproximadamente R$ 18 milhões. A partir da definitiva instalação do projeto, a cidade será capaz de atender a determinação proposta pela Nova Política de Resíduos Sólidos, regulamentada em dezembro de 2010, que obriga os municípios a encerrarem os lixões até 2014.

"Aracaju está adiantada para estabelecer aquilo que a lei determina sobre a extinção dos lixões. Estamos propondo um projeto viável em termos econômicos, sociais e ambientais que servirá a toda população da capital e também contemplará os outros municípios circunvizinhos. A intenção é desativar o atual aterro controlado do bairro Santa Maria e recuperar as áreas degradadas desse local. Inclusive, através desse projeto, também será possível recuperar a área em que hoje se encontra a atual lixeira da Palestina que, consequentemente, seria desativada caso o aterro sanitário fosse instalado", explica Edvaldo.

Relevância

Segundo o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Sergipe, Samuel Schuster, a disposição do prefeito em discutir e esclarecer dúvidas sobre o projeto do aterro reforça a importância dada pelo município sobre o correto tratamento dos resíduos sólidos. "A atitude do prefeito é bastante louvável e de extrema importância, pois a questão do lixo é um dos problemas mais enfrentados pelos grandes centros urbanos no Brasil e no mundo. Sem dúvidas, com esse novo projeto, a população será a maior beneficiada e, por isso, torço para que a concessão seja viabilizada o mais rápido possível", diz Samuel.

Para a presidente da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), o problema do lixo enfrentado pelos centros urbano merece estar continuamente na pauta de discussões de toda a sociedade. "Discutir sobre a questão do lixo nunca é demais. Estamos acostumados a não tocar sobre o assunto ou dispor todo esse problema para longe da gente. A preocupação do prefeito em ampliar o debate para toda a sociedade serve para mostrar a importância de tratar sobre esse assunto e de apresentar soluções viáveis para um problema que, se não resolvido, traz graves e sérios prejuízos que perduram por vários anos", avalia a secretaria.  

Presenças

A reunião contou com a participação da presidente da Emsurb, Lucimara Passos; o secretário de comunicação social, Marcos Cardoso; o presidente da CDL de Aracaju, Samuel Schuster; o presidente da Associação Comercial de Sergipe (Acese), Alexandre Porto; o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL), Gilson Figueiredo.

 

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