Estudos serão feitos para despoluição do lixão do Santa Maria

Agência Aracaju de Notícias
18/04/2013 14h51

Trinta anos de detritos sendo depositados. Trinta anos de insatisfação popular. O lixão do Santa Maria, antes motivo de preocupação, está sendo desativado e, aos poucos, se transforma em um novo espaço. Diariamente, e de forma incessante, a Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA), através das secretarias competentes, coloca ao trabalho diversos caminhões e catadores que auxiliam na manipulação do lixo orgânico que está sendo retirado do local.

 O trabalho de desativação começou a ser feito no dia  16, e o ritmo de trabalho se mantém intenso, voltado para a agilidade no término de todo o processo de retirada do lixo. Responsável pela coleta do lixo na capital, a Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb) é quem está à frente dos trabalhos no aterro controlado. "Por enquanto não se pode dizer que estamos cobrindo o local. O trabalho tem que ser feito com cuidado, por isso, no momento, estamos apenas retirando todo o lixo orgânico", explicou o secretário de Serviços Urbanos, Júlio Flores.

Segundo Júlio Flores, após a retirada do lixo orgânico, os trabalhos serão voltados para a remoção do lixo inorgânico. "Esse serviço é feito por etapas, por uma questão de responsabilidade, sobretudo, com os que vivem naquela região. No entanto, para que a segunda parte seja realizada, precisamos de liberação, essa que virá após estudos feitos", completou o secretário.

Os estudos, aos quais se referiu, integram a ação conjunta da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Sema) e da Emsurb. Dessa forma, as análises que serão feitas, acontecerão por parte da Secretaria de Meio Ambiente. "Estamos atentos às necessidades e preocupações ambientais que tal desativação acarretará. Sendo assim, não podemos simplesmente desativar um lixão. Todo um trabalho de despoluição deve ser feito para a segurança e bem-estar do cidadão aracajuano", enfatizou Eduardo Matos, secretário de Meio Ambiente.

Para que os estudos possam ser feitos, um grupo de especialista será convocado para atuar no Programa de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD). "Despoluir um lugar é mais difícil do que proteger o local da poluição. Ainda assim, estamos empenhados nesse projeto para garantir que o espaço, antes utilizado como aterro controlado, possa ser utilizado de outra forma", afirmou Matos.

Desempenhando o seu papel, a Sema já começou a trabalhar para iniciar os estudos. "O ponto inicial das atividades será o estudos dos poluentes, o nível dessa poluição, para só depois podermos achar a solução da causa", explanou o secretário.

Eduardo Matos comentou ainda que já existia um PRAD, mas esse é antigo e precisava tomar outros rumos para que pudesse agir de forma a contemplar a nova tarefa. "Quase 30 anos de lixão é muito tempo, por isso estamos tendo tanto cuidado ao lidar com a situação. Antes que seja feita qualquer intervenção naquele local, é preciso que estejamos seguros de que o trabalho de despoluição foi concluído de forma eficaz para que não haja problemas futuros", esclareceu Matos.

A Prefeitura de Aracaju entende a necessidade de se concluir os trabalhos de maneira ágil. Através das secretarias envolvidas, as conclusões da total desativação do lixão e posterior utilização benéfica do local, são iminentes. No entanto, o secretário Eduardo Matos enfatizou que o término da despoluição não depende apenas da PMA. "Logo depois de termos feito os estudos, é importante destacar que iremos precisar de uma autorização da ADEMA. Sem ela, não poderá ser realizada nenhuma intervenção no local", concluiu o gestor da pasta de Meio Ambiente.