Instrutora da Fundat encontra no crochê um caminho para geração de renda

Formação para o Trabalho
11/09/2017 16h32

Muito antes de se tornar instrutora da Fundat, Adriana Leandra, 40, não tinha ideia de qual rumo daria à sua vida profissional. "Eu ficava o dia todo em casa sem fazer nada e me perguntando o que eu poderia fazer para não depender só do meu marido", relata Adriana. Até que o anseio por aprender algo novo, levou-a a descobrir o artesanato em crochê, uma técnica que utiliza agulha para trançar linhas e criar tecidos com diversos formatos. "Para me distrair, comecei a crochetar, pesquisar, eu achava bonito e já gostava", diz a artesã, que iniciou sozinha os primeiros passos no aprendizado. "Cada trabalho que eu fazia, eu ia fazendo ficar mais difícil, não queria fazer apenas o mais fácil", conta.

E foi acreditando e investindo no seu talento manual que Adriana conseguiu chegar onde queria. Hoje, ela alcançou a tão sonhada independência financeira, por meio do trabalho que desenvolve com o crochê, com as encomendas que recebe das clientes e das aulas que ministra na Fundat. "É a minha primeira vez como instrutora e a experiência foi ótima porque eu me senti na obrigação de ensiná-las como eu aprendi e até mais, de me doar ainda mais", explica.

O curso, oferecido pela Fundação Municipal de Formação para o Trabalho (Fundat), foi intitulado de Técnicas Básicas em Crochê (30h) e aconteceu pela primeira vez na Unidade de Qualificação Profissional (UQP) Cleia Maria Brandão, situada no bairro Coroa do Meio. As aulas duraram dez dias, mas foram fundamentais para que as participantes aprendessem as noções básicas do crochê e pudessem confeccionar peças como jogos americanos, flores, tiaras, lacinhos e garrafas. "Elas já faziam outros tipos de artes e tinham vontade de fazer crochê, só que não sabiam, foi muito gratificante ensiná-las", comenta Adriana.

Novo aprendizado

A aluna Maria da Conceição Vieira, 53, moradora da Coroa do Meio, nunca tinha pegado em uma agulha de crochê. Graças às aulas na Fundat, ela teve o primeiro contato com a técnica artesanal. "Sempre fui apaixonada por crochê, mas nunca tive oportunidade", afirma Maria da Conceição, que no começo encontrou algumas dificuldades no aprendizado, mas não foram empecilho para a participante seguir em frente. "Eu não desisto de nada, às vezes eu digo que vou [desistir], mas é da boca pra fora. Eu nunca desisto de nada, eu persisto, mesmo que no começo seja difícil, acabo conseguindo fazer", acrescenta.

No último dia da capacitação, Maria fez questão de enfatizar o quanto o processo de aprendizado foi e continuará sendo proveitoso para a sua vida. "Não sabia nem fazer a corrente do começo do crochê, me sinto orgulhosa de mim mesma. Eu vou continuar fazendo em casa, praticando para melhorar ainda mais. Não vou parar, quem sabe uma nova oportunidade surja por aí", finaliza.