O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), em parceria com a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Assistência Social, promoveu na tarde desta quinta-feira, 13, a Conferência Livre dos Direitos da Criança e do Adolescente. O evento teve como público-alvo conselheiros, profissionais da assistência social, sociedade civil e usuários do Sistema Único da Assistência Social (Suas).
Realizado no auditório de uma faculdade, no Centro, o evento debateu sobre a situação dos direitos humanos de crianças e adolescentes em tempos de pandemia da covid-19, abordando violações e vulnerabilidades, e ações necessárias para reparação de garantia de políticas de proteção integral, com respeito à diversidade.
Para a gerente o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), Karine de Oliveira, é uma oportunidade das crianças e adolescentes que são usuários do serviço participar da construção de políticas públicas voltadas para eles mesmos.
“Para as nossas crianças e os nossos adolescentes do SCFV, que estão todos os dias no Cras, esse é um momento de materializar tudo que a gente discute no serviço, deles terem um lugar de fala, ocuparem esses espaços de convivência cidadã, porque são justamente para que eles sejam ouvidos, pra que eles entendam como eles podem estar participando dos processos de construção de políticas públicas, de conquista e de buscas de direitos. A gente sempre preza pela participação deles, porque são espaços de construção e de aprendizado para eles, para que futuramente eles possam ser representantes e multiplicadores dentro dos seus territórios”, afirma Karine.
A presidente do CMDCA, Natália Dalto, explica que a Conferência Livre é um momento de informar ao público-alvo principal, que são crianças e adolescentes, sobre o que é a Conferência dos Direitos da Criança e do Adolescente, porque ela acontece e quais eixos serão trabalhados.
“Esse espaço é muito importante, de participação e protagonismo juvenil, de melhorias, de saber como é que está a política pública voltada para infância, o que precisa mudar e como mudar. Depois dessa etapa, ocorrerá uma etapa municipal, no dia 27 de abril, na qual levaremos algumas propostas para serem discutidas com a participação de delegados na etapa estadual. Será um espaço mais importante do que este, porque iremos levar todas as discussões, reclamações, sugestões e questionamentos na área da infância para trabalhar na outra etapa que será a estadual”, explica.
A estudante da Emef Professor Laonte Gama, Lara Marcele Cardoso Santos, 14, e usuária do Centro de Referência da Assistência Social (Cras) Maria Diná, no bairro 17 de Março, integrou a mesa de honra e solicitou a ampliação da oferta de cursos e oficinas.
“Eu vejo esse momento como muito importante e me senti muito prestigiada por participar da mesa e por falar o que eu posso e devo falar. Acho muito importante participar, antes eu tinha vergonha e hoje eu estou feliz de ter falado. Acho que depois daqui conseguirei transmitir mais ajuda aos meus colegas”, disse.
