Escolas do Santa Maria reúnem famílias de alunos para tratar sobre o Educa Horta

Educação
08/05/2023 14h30

Na manhã desta segunda-feira, 8, famílias dos alunos da Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Maria Ruth Wynne Cardoso e da Escola de Ensino Fundamental (Emef) Jornalista João Oliva Alves, ambas de sistema integral e localizadas no bairro Santa Maria, participaram de reunião para apresentação do projeto 'Educa Horta - Conhecimento que Nasce'. A iniciativa da Prefeitura de Aracaju é desenvolvida pela Secretaria Municipal da Educação (Semed), com o apoio da  Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Sema) e da empresa sergipana Inplast Industrial.

Na Semed, o projeto está sendo acompanhado pela Coordenadoria de Políticas Educacionais (Coped). Durante o encontro, que ocorreu na Emef Jornalista João Oliva Alves, foram passadas informações detalhadas sobre o que será realizado nas escolas por meio do Educa Horta.

Na Emei, as crianças trabalharão o cultivo de verduras e legumes, e na Emef os alunos cultivarão plantas medicinais diversas. As folhas da farmácia viva, por exemplo, poderão ser utilizadas tanto no ambiente escolar, como poderão ser levadas para casa quando houver necessidade de utilizá-las para o cuidado com a família.

Coordenadora pedagógica da Emef Jornalista João Oliva Alves, Elaine Ramos afirma que este é um dos projetos de macro campos realizados na unidade de ensino no turno da tarde. De acordo com ela, a ideia surgiu ainda nos primeiros dias do ano letivo, com a proposta de educar para o cuidado com o meio ambiente, para a conscientização sobre sustentabilidade, e foi inserido no projeto Virides, da Inplast.

"A proposta era a gente construir uma farmácia viva aqui na Emef João Oliva e lá na Emei Maria Ruth Wynne, uma horta, tudo com a participação das crianças da comunidade. Reunimos os pais hoje porque é importante que eles estejam inteirados de como vai acontecer o projeto, para que quando for necessário, eles já estarem cientes do que que os filhos estão aprendendo, o que eles estão desenvolvendo, mesmo porque as crianças vão chegar em casa comentando, vão levar coisas daqui para casa. O projeto é da família também", pontua Elaine.

Além de atividades para o cultivo das hortas, outras ações serão realizadas pelas escolas posteriormente, dentro deste projeto, como feiras e exposições. "São muitas questões importantes envolvidas nesta iniciativa: primeiro, essa aproximação da família com a escola, que é fundamental; segundo, é trabalhar a educação ambiental, a preservação e a sustentabilidade. A situação do nosso planeta cada dia mais vem se complicando e a gente precisa construir essa dinâmica de crianças aprenderem a preservar, plantar e valorizar a funcionalidade das plantas", detalha a coordenadora.

Analista da Sema, Rafael Feitosa explica que a produção de mudas medicinais ou hortaliças traz para as gerações futuras a consciência ecológica, mostrando que é possível utilizar matéria orgânica, aquilo que seria transformado em lixo, em composto para a produção de plantas e até mesmo de alimentos, como será o caso destas escolas.

"Nossa atividade enquanto Sema é ensinar como é que se faz o preparo do solo, a produção e reutilização de composto orgânico que poderia está indo pro lixo. A gente espera que esse trabalho possa replicar lá fora, dentro da família e na sociedade como um todo, com as crianças conseguindo mudar um pouco a cabeça dos pais que precisam através da educação", conta Rafael.

Eliane Campos Leite, mãe de Emilly Vitória, de 6 anos, que cursa o 1º ano na Emef Jornalista João Oliva Alves, mostra-se entusiasmada com o Educa Horta e enfatiza o valor que esta iniciativa tem para a sua família, que tem raízes no trabalho da agricultura e dos povos indígenas.

"Achei essa proposta a coisa mais linda do mundo porque a Emilly, cujo pai é indígena, vai viver o que eu e ele também vivemos no nosso tempo de infância, já que fui criada na roça. Sei o quanto é importante a criança ver que os nossos alimentos de verdade vêm das plantas e não se compram em mercearia. É a oportunidade dela cuidar, zelar e utilizar o resultado disso. Estou muito feliz. Esse colégio tem me trazido muita alegria e agradeço por estarem cuidando tão bem da minha filha", expressa Eliane.

Representante da Inplast, André Lameiro conta que a ideia da empresa de ajudar a desenvolver esse projeto, além de resgatar a qualidade de vida na sociedade, na comunidade onde as crianças estão inseridas, também é fazer um trabalho de reforço educacional.

"Queremos fortalecer, de forma lúdica, o que ela já aprende aqui, com Português, Matemática, Redação, tudo isso juntinho à noção de negócios e à parte administrativa. A turma que está aqui hoje foi muito receptiva porque é algo novo e pela convivência elas já têm e que, diante da escola, essa experiência pode ser agregada com novos conhecimentos", enfatiza André.