Escola Tech: Prefeitura orienta comunidade escolar sobre equipamentos de reconhecimento facial

Educação
09/05/2024 11h30

Uma das frentes do Escola Tech, o pacote de tecnologia educacional da Prefeitura de Aracaju implementado nas escolas municipais pela Secretaria da Educação (Semed), é a segurança dos estudantes dentro do ambiente escolar. Para isso, além das entregas dos equipamentos digitais, como notebooks e displays interativos, serviços de vigilância via câmeras e totens de reconhecimento facial também fazem parte do investimento.

Com a amplitude dos serviços oferecidos pelas instalações digitais, os alunos, familiares e as próprias escolas apresentam dúvidas sobre a funcionalidade das câmeras, conforme afirma o diretor do Departamento de Tecnologia da Informação (DTI/Semed), Caio Davinis. De acordo com ele, no caso do Escola Tech, essas dúvidas são ainda mais pertinentes porque o programa trata sobre três serviços diferentes: o da vigilância eletrônica, o reconhecimento facial externo e o reconhecimento facial interno.

“Todos eles têm em comum o uso de ativos de reconhecimento facial e câmeras. Portanto, é muito normal surgir algum tipo de dúvida nos usuários e até mesmo das escolas sobre o serviço de cada equipamento. A vigilância eletrônica é composta por câmeras que ficam tanto dentro da sala de aula como na parte interna da escola, nos pátios e nas áreas comuns. Esses equipamentos têm caráter exclusivo de proteção e qualquer tipo de incidente ou dano dentro do ambiente escolar, a unidade é coberta com a possibilidade de visualizar as imagens através de um órgão competente para lidar com essas informações”, explica.

No entanto, o diretor reforça que a vigilância não trabalha conectada ao reconhecimento facial, que é dividido em dois pólos, o interno e o externo, e faz parte do Sistema Integrado de Gestão Educacional (Siged).

“O externo é composto basicamente com quatro a doze câmeras que ficam apontadas para as áreas de saída e entrada dos alunos na escola. Esse reconhecimento facial externo registra o momento em que o aluno entra na escola e permite  que o sistema o identifique como da nossa rede, gerando o envio do SMS para o número do responsável principal daquele estudante. Esse reconhecimento funciona graças à integração que ocorre com o SIGED, que é o nosso sistema guarda-chuva”, destaca Caio.

Já o reconhecimento interno consiste em dois terminais de identificação facial instalados exclusivamente dentro da sala de aula. Diferente do externo, o interno não faz o envio de SMS para os pais e responsáveis. “Ele é usado exclusivamente para dar apoio ao professor no processo do uso do diário eletrônico que, ao iniciar a aula, terá a opção de colocar a falta automaticamente através desses terminais. Então, é um processo que facilita o professor a realizar o seu processo de cadastro de aulas, pois ele também é integrado com o Siged”, detalha o diretor do DTI.

Sobre as dúvidas, Caio Davinis relata que alguns pais questionam sobre o momento em que o SMS é enviado aos responsáveis pelos alunos, e aproveita para explanar o objetivo desses serviços.

“Os pais perguntam se o SMS chega para eles a partir do momento que os filhos entram na sala de aula e a gente explica que não, porque isso acontece no momento que ele entra na escola e é identificado pela câmera. Com tudo isso, a longo prazo, vamos conseguir alimentar nosso banco de dados com muitas informações e entender quanto tempo o aluno está dentro da escola e da sala de aula. Pedagogicamente, este é um dado muito importante”, ressalta.

Com essa base de dados, as informações também poderão ser disponibilizadas para os pais no portal do responsável. “Por isso, entender a divisão desses três serviços é muito importante para a população e as escolas, porque é através desse entendimento que elas poderão ter uma tranquilidade a mais sobre como esses serviços agregam na circulação e segurança dos estudantes dentro das unidades de ensino”,  aponta o diretor do DTI.