População elogia tratamento humanizado e acolhedor dos Centros de Reabilitação

Saúde
09/05/2023 15h33

A Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), oferta atendimento e assistência à saúde às pessoas com deficiência física e intelectual e transtorno do espectro autista, nos Centros Especializados em Reabilitação (CER) II Ciras, CER II Apae e CER II Siqueira Campos.

A partir destas unidades, a Prefeitura promove políticas públicas para pessoas com deficiência de Aracaju e também de outros municípios do estado, conforme sistema de regulação, para triagem e acompanhamento, tudo de modo bastante humanizador e acolhedor.

Os CER II Siqueira Campos oferta assistência e tratamento de reabilitação com profissionais de fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, psicologia, nutrição, serviço social, enfermagem, e consultas com médicos neurologistas e ortopedistas.

“Afeto e acolhimento é o que sinto aqui no CER II, toda semana trago minha filha para o tratamento. Fico radiante quando vejo a empolgação dela ao perceber que é dia de terapia. Ela fica animada quando eu começo a arrumar a bolsa, pois já sabe que vai para o CER II. É maravilhoso poder contar com esses profissionais, pois eles são cuidadosos e acolhedores. Essa atenção não tem preço", relata Valmira de Jesus, mãe da paciente Ana Clara, de 7 anos.

Disposição e amor ao próximo é marca da rotina dos trabalhadores do CER II, como demonstra o sorriso da fonoaudióloga Nivânia Pereira. "Se não houver amor, a gente não faz nada nessa vida e essas crianças nos preenchem com tantos sentimentos. A afetividade é um dos caminhos para aprendizagem e se você tem esse laço com o paciente, ele vai ter um prognóstico bem melhor", conta.  

Esse carinho é valorizado pelos pais dos pacientes, como os de Artur Gabriel, de 5 anos, que vai para o tratamento toda semana com a mãe, Ana Paula dos Santos. "Eu fiquei assustada na maternidade quando soube que ele tinha uma deficiência. No início, foi muito difícil para eu me adaptar, mas com amor, encontrei forças para ajudar meu filho, e aqui fui muita bem acolhida. No começo, Arthur não fazia movimento nenhum, com a interação entre as terapias, conseguimos ter um ganho significativo na movimentação dele", afirma.

Hidroterapia

O tratamento oferecido na rede municipal pela Prefeitura de Aracaju busca a reabilitação física e intelectual, com o objetivo de desenvolver habilidades, além de trabalhar a questão da autoestima em crianças e adultos. Para a paciente Josefina Oliveira Santos, que acaba de iniciar o tratamento na piscina, tudo ficou bem mais leve.

“Eu já tinha três anos que andava de muleta. Quando comecei o tratamento aqui no CER II, não andava sozinha. Muitos já olham para a pessoa com deficiência e já acham que ela é incapaz de fazer qualquer coisa. A partir do momento que você dá estímulo e oportunidade, nós podemos nos desenvolver plenamente e agora fazendo a hidroterapia eu tenho certeza que vou voltar a ter os movimentos da perna e do braço como antes, pois a fisioterapia na piscina ajuda muito", relata.

De acordo com a coordenadora do CER II, Sony Petris, a piscina é uma ferramenta que complementa o tratamento que já é ofertado na unidade. A temperatura mais alta da água também ajuda ao tratamento dos pacientes. Com esse recurso, a piscina é capaz de influenciar o tônus muscular dos pacientes, uma vez que alguns deles têm problemas de rigidez muscular.

“Todo paciente, seja da área ortopédica, neurológica, a depender do comprometimento pode ser inserido no tratamento,  que vai permitir evoluções que fora dela não são possíveis. Principalmente quando o paciente não pode ou não consegue ficar em pé por causa da força da gravidade. Também há pacientes que são sintomáticos na região dos membros inferiores, que sentem dores nas articulações quando fazem exercícios com descarga de peso, o que é minimizado na piscina, além da questão do equilíbrio, importante em pacientes neurológicos. Como a piscina gera estímulos de desequilíbrio, isso ajuda a trabalhar essa consciência corporal e a melhorar o equilíbrio para quando o paciente sair da piscina", orienta Sony.
 
Acesso ao serviço
Para ter acesso aos serviços nos Centros, é importante que o usuário tenha encaminhamento médico, seja do atendimento prévio na Unidade Básica de Saúde (UBS) ou do atendimento hospitalar.

“Uma vez feito o encaminhamento, o paciente passa por uma triagem para que a consulta com os especialistas seja marcada e, a partir dos diagnósticos, sejam realizadas as sessões necessárias para o processo de reabilitação. As triagens e avaliações são realizadas semanalmente e, a partir delas, são traçados os planos de cuidados específicos para cada caso”, detalha a coordenadora.