Aracaju homenageia as mães que acolhem, educam, inspiram e amparam

Agência Aracaju de Notícias
14/05/2023 07h00

Aracaju tem mãos que acolhem, educam e amparam. São mãos de mulheres que vivenciaram uma gestação e conhecem de perto o amor de mãe. Mulheres que se dedicam, diariamente, para tantos outros filhos, além dos que gerou. Elas estão dentro das escolas, dos hospitais, das unidades básicas de saúde, da maternidade, e dos mais diversos equipamentos públicos da Prefeitura de Aracaju, estendendo as mãos para servir à população, com amor e dedicação. 

Por serem mães, estas profissionais reconhecem os anseios e as preocupações daquelas que acabaram de adentrar ao universo desafiador que é maternar, ao dar à luz ao primeiro filho. São profissionais mães que identificam as necessidades de cada criança nas escolas. Acolhem os filhos de tantas outras mães como se fossem os seus, cuidam e ensinam. Há também aquelas que estão na linha de frente para ajudar mães, chefes de família, a entrarem no mercado de trabalho.

Luciana dos Santos Cardoso, assistente administrativa da Maternidade Municipal Lourdes Nogueira, tem um filho de nove anos de idade e conta que ao se tornar mãe, foi como virar uma chave na sua vida, tudo mudou. É através do seu olhar de mãe que Luciana presta um serviço mais humanizado para cada nova gestante que chega na Maternidade, precisando de amparo em um dos momentos mais importantes e desafiadores. Para Luciana, um simples gesto de amor pode mudar toda a experiência.

“Como eu já passei por todo esse processo de gravidez e de dar à luz, passei a ter um lado mais humano e a ter um olhar mais materno para as pacientes que chegam aqui. A gente quer cuidar delas e tem um olhar diferenciado no contato com essas mulheres. Passei a ter mais empatia e oferecer um tratamento mais humanizado no meu trabalho”, revela. 

Este sentimento é compartilhado pela gerente da Unidade Básica de Saúde, Amélia Leite, Raphaela Luna Souza Aragão, mãe de uma menina de quatro anos. Maternar sempre foi um desejo de Raphaela, mas, só depois de passar pela experiência foi que ela se deu conta da importância de se ter uma rede de apoio, e o quanto mulheres que vivenciam a maternidade, necessitam disto. 

“Eu sempre quis ser mãe. Eu digo sempre que preciso me virar muito, porque tenho que dar conta do trabalho e da minha filha. Mas, conto com a ajuda do meu marido e de uma prima que mora comigo. Por eu ser mãe, sempre procuro ajudar as outras mulheres aqui na UBS. Sempre me coloco no lugar delas. Eu sempre tive muita empatia, mas depois que me tornei mãe isso aumentou, nesse convívio diário com as mães que aparecem aqui. Algumas têm filhos autistas, como eu também, então a gente se identifica e eu me coloco bastante no lugar delas, sempre ajudando no que posso”, destaca. 

A professora da Escola Municipal de Ensino Infantil (Emei) Irmãos Mirella e Marcell Moura, localizada no conjunto Augusto Franco, bairro Farolândia, Eryka Dantas, representa todas as trabalhadoras da rede municipal de ensino que também são mães e ensinam. Mãe de dois meninos, um de 21 e outro mais velho, de 27 anos, apesar de fazer algum tempo em que os filhos saíram das fases iniciais de vida, é impossível esquecer aqueles momentos. São memórias que preenchem o coração de uma mãe, que já passou por diversas fases e hoje, educa crianças a partir de dois anos, de outras mães. Segundo Eryka, cada aluno é como se fosse seu próprio filho. 

“Ser mãe de dois me trouxe um olhar diferente para a minha profissão. Através da maternidade eu posso visualizar meus alunos, focando em cada especificidade deles. Passando pela experiência de ser mãe, a gente acolhe não só as crianças, como também as mães. Trazendo tranquilidade para elas, mostrando que elas podem confiar em nosso trabalho. Eu sou professora de crianças de apenas dois anos e tenho um laço muito grande com cada um deles. Como mãe, olho para cada um desses alunos como se fossem meus próprios filhos. Consigo reconhecer, inclusive, as necessidades de cada um, quando é um choro de fome, de sono, quando vai apresentar alguma febre. A gente consegue antecipar os cuidados”, detalha a professora. 

Luzmaia Alves é assessora administrativa da Fundação Municipal de Formação para o Trabalho de Aracaju (Fundat). Ela lida, diariamente, com mães, muitas delas chefes de família, que estão na luta para se inserirem no mercado de trabalho. Por isso, ser mãe de duas meninas, Luiza e Lavínia Alves, faz com que Luzmaia sempre busque se colocar no lugar dessas mulheres, a fim de entendê-las e acolhê-las. 

“Temos um público amplo de mães aqui na Fundat, de pessoas realmente necessitadas, mães deficientes, e muitas que chegam aqui com seus filhos de colo, em busca de uma oportunidade de emprego. Muitas estão em desespero porque têm muitos filhos e uma casa para sustentar. Então, nós, enquanto seres humanos, e enquanto mães, sempre nos colocamos no lugar do outro. Diante do apelo emocional e financeiro das situações. Infelizmente, algumas não cabem em todas as funções, por terem dificuldades de com quem deixar os filhos, por exemplo, mas a gente sempre tenta encaixar. Para mim, ser mãe é indescritível. Não tenho palavras. A gente sempre vai tentar fazer de tudo para garantir uma vida digna para os nossos filhos, em primeiro lugar. Entendemos e enxergamos a dor de cada mãe que chega aqui e suas necessidades”, disse a servidora. 

Campanha Dia das Mães
Em homenagem às mães, a Prefeitura realiza, este ano, a Campanha “As mãos das mães de Aracaju”, que visa mostrar à população o rosto daquelas que representam todas as mãos que compõem o serviço público municipal da capital sergipana. 

Aracaju tem mãos que acolhem, e elas estão na Maternidade Municipal Lourdes Nogueira; tem mãos que educam, e elas estão em todas as escolas e creches da rede municipal de ensino; têm mãos que cuidam, e elas estão nos equipamentos de Saúde; tem mãos que inspiram, e elas estão na Cultura; tem mãos que orientam, e eles estão na Iniciação ao Trabalho; e tem mãos que amparam, que fazem parte da Assistência Social. 

De acordo com o secretário-adjunto de Comunicação Social de Aracaju, Rafael Galvão, o objetivo da campanha é fazer esta ligação entre as mães e a Prefeitura, a partir de uma perspectiva de que a gestão acolhe a população da mesma forma como uma mãe estende as mãos para um filho. 

“A campanha é baseada na ideia das mãos, porque Aracaju tem mãos que cuidam, que protegem, que acolhem, que ensinam. Isso tudo vai levar a uma convergência entre a Prefeitura e o trabalho da gestão que é inspirado no trabalho das mães. Ou seja, a Prefeitura cuida dos aracajuanos e das famílias, como as mães cuidam dos seus filhos. A campanha é constituída por mães que fazem parte da Assistência Social, da Saúde, da Educação e todas as outras áreas do município. Toda essa mensagem está sendo divulgada por meio das redes sociais da Prefeitura, que abrange um público muito grande”, explica o secretário-adjunto.