Prefeitura promove espaços de debates sobre o combate à LGBTQIfobia

Assistência Social e Cidadania
16/05/2023 16h53

A Prefeitura de Aracaju, através da Secretaria da Assistência Social, realizou nesta terça-feira, 16, reuniões com o objetivo de discutir ações e troca de experiências no que se refere ao combate à LGBTQIfobia. As ações integram a VI Semana de Combate à LGBTQIfobia, promovida pela Assessoria Técnica de Referência LGBTQIAPN+ da Diretoria de Direitos Humanos (DDH) de Aracaju.

Foram realizadas reuniões entre o Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV) de Sergipe com o objetivo de debater ações que precisam de um maior acompanhamento dos órgãos, no que se refere aos crimes de LGBTQIfobia em Aracaju. Além disso, foi promovida uma reunião junto ao Fórum Nacional de Gestores LGBTQIAPN+ (Fonges). Durante o encontro, foram sugeridas propostas de atividades em conjunto com os gestores de políticas LGBT do Brasil, além de haver a troca de experiências das ações que as gestões estão executando no enfrentamento à LGBTQIfobia.

"É necessário fazer acontecer uma intersetorialidade entre órgãos municipais, estaduais e federais para melhor atender a população LGBTQIAPN+ e para que os profissionais que atuam na linha de frente saibam como acolher e receber os casos que chegam aos equipamentos. Temos também, como uma das grandes necessidades, a efetivação de dados estatísticos e nós queremos contribuir para dar esse primeiro passo. Sem o registro, sem a estatística, não se pode realizar política pública, já que precisamos de dados, números, perfil para saber o público específico que devemos atuar e como devemos atuar", afirma o assessor técnico LGBTQIAPN+, Marcelo Lima Menezes.

A delegada do DAGV, Meire Mansuet, destaca a importância de uma relação próxima com os equipamentos de combate à LGBTQIfobia, seja qual for a esfera de atuação.

"O trabalho conjunto é muito importante, sobretudo e inclusive, quando envolve, além dos entes governamentais, a sociedade civil, porque é uma pauta onde a transversalidade tem que atuar, precisamos ouvir a sociedade civil organizada para saber quais são as demandas, precisamos trabalhar em conjunto com os órgãos municipais porque são políticas públicas que precisam ser desenvolvidas para atender da melhor forma possível a população LGBTQIAPN+", diz.

Fórum Nacional de Gestores LGBTQIAPN+
Durante a tarde, aconteceu um encontro do Fórum Nacional de Gestores LGBTQIAPN+ (Fonges), via plataforma digital, que contou com a participação de diversos representantes de órgãos municipais e estaduais de várias partes do país, entre eles Sergipe, São Paulo, Paraná e Minas Gerais.

A secretária da Assistência Social de Aracaju, Simone Santana, abriu oficialmente o encontro e falou da importância da promoção de políticas públicas voltadas para a população LGBTQIAPN+ e da união dos municípios, estados e Governo Federal na concretização das ações.

"A população LGBTQIAPN+ precisa de respeito, de carinho, ser entendida e ser acolhida. A existência de um Fórum, de uma organização entre todos os envolvidos no processo é de fundamental importância, porque são pessoas que estão se unindo cada vez mais para estar somando à luta de combate à LGBTQIfobia. Que através de um Fórum como esse, possamos trazer mais conhecimento, alinhar mais ações e concretizar as ideias para a melhoria de vida da população LGBTQIAPN+. A Prefeitura de Aracaju e a Secretaria da Assistência Social estarão sempre à disposição do que for preciso", destacou.

A presidente do Fonges e coordenadora do Centro de Referência LGBT de Campinas (São Paulo), Valdirene dos Santos, destacou o trabalho executado pelo Fórum e a importância da ampliação de espaços de defesa dos direitos da população LGBTQIAPN+.

"É significativo estarmos reunidos hoje, é importante estarmos pensando juntos em políticas públicas, pensando juntos nas políticas LGBTs, partindo do princípio da nossa dificuldade, principalmente com a questão da falta de dados. Este dia 17, nós ainda não temos motivo para comemorar, temos motivos para fortalecer a nossa luta, pra se unir e caminhar junto. As gestões de políticas LGBTs ainda são espaços solitários, mas nós precisamos continuar lutando, dizendo que é preciso e lutando contra as injustiças. O Fonges vem com a ideia de fortalecer a gestão, pensar numa fala conjunta e com o apoio, levar essa fala adiante para conseguirmos atingir o objetivo", afirma.