Saúde Municipal intensifica controle nos casos de esquistossomose na capital

Saúde
22/11/2006 10h52
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A Secretaria Municipal de Saúde (SMS), por meio do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), vem desenvolvendo atividades permanentes de controle da esquistossomose. Com o objetivo de coletar amostras de fezes dos moradores para a realização do exame parasitológico os agentes de endemias fazem visitas domiciliares. Após a confirmação do caso, a pessoa é encaminhada à unidade de saúde, onde será tratada pela equipe do Programa de Saúde da Família (PSF). As atividades não acontecem simultaneamente em todos os bairros de Aracaju. Atualmente o trabalho está sendo desenvolvido nas proximidades do Aeroporto. “Nós trabalhamos cada comunidade durante um certo período e somente iniciamos a atuação em outro bairro quando o trabalho na área anterior estiver fechado”, informa a coordenadora do CCZ, Gina Blinofi. Segundo ela, para a identificação dos casos estão sendo feitas visitas de casa em casa, disponibilizando um coletor do material para cada morador da residência. No dia seguinte, é feita a coleta dos frascos pelos agentes. O material coletado é levado para análise no próprio centro e analisado por um biomédico e quatro laboratoristas. Se o resultado do exame for negativo, a pessoa recebe o exame e é orientada sobre os males ocasionados pela doença. No caso de ser positivo, uma das vias do exame é entregue ao paciente para que ele saiba que é portador da esquistossomose. A outra via, vai para unidade de saúde mais próxima da casa do paciente onde ele se submeterá ao tratamento. O tratamento é feito em dose única, e os medicamentos são oferecidos gratuitamente pela Secretaria Municipal de Saúde. Doença A esquistossomose é uma infecção causada por um verme parasita, o Schistossoma mansoni. O principal hospedeiro e reservatório desse parasita é o homem, sendo a partir de suas excretas (fezes e urina) que os ovos são disseminados na natureza. Mas o Schistossoma mansoni possui ainda um hospedeiro intermediário: os caramujos, caracóis ou lesmas, nos quais os ovos passam à forma larvária, dispersa principalmente em águas não tratadas, como lagos. Os ovos eliminados pela urina e fezes dos homens contaminados evoluem para larvas na água que se alojam e desenvolvem em caramujos. Estes últimos liberam a larva adulta que, ao permanecer na água, contaminam o homem. Além das visitas domiciliares, os agentes de endemias do CCZ também aplicam em alguns locais propícios ao desenvolvimento da larva o moluticida. “Mas por ser um produto tóxico, nós não podemos sair por aí usando de forma aleatória”, finalizou a coordenadora do CCZ.