O forró é um movimento cultural muito forte em Sergipe, e em Aracaju isso fica ainda mais evidente com a proximidade dos festejos juninos. Na Escola Oficina de Artes Valdice Teles, unidade da Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju), a valorização cultural e artística do ritmo resultou no desenvolvimento de uma oficina de dança de salão específica para o ritmo, chamada ‘Forroteando no Salão’.
A turma, voltada para pessoas com idade mínima de 18 anos, possui o diferencial de não ser exclusiva para casais, ou seja, o aluno não precisa ter um par para se matricular. O bailarino e oficineiro Adriano Matos Xavier explica que a técnica utilizada nas aulas valoriza também a individualidade. “Na aula, a técnica que eu utilizo é a de Jaime Aroche, que acredita que a dança é individual. O corpo tem que aprender a dançar, para que com o corpo o aluno possa somar um outro quantitativo de movimentos”, conta.
Adriano explica ainda que as duplas são geralmente formadas em sala de aula, e que alguns já vêm com seus pares, mas esse não é o ponto principal da turma, o objetivo é que todos, individualmente, aprendam a dançar para se desenvolver em qualquer espaço e em qualquer lugar.
A santista Cláudia Petrasoli, de 55 anos, mudou-se para Aracaju em 2003 e imediatamente buscou por movimentos relacionados à arte e encontrou a escola. Ela é aluna há 15 anos e atualmente faz aulas de dança do ventre, além da oficina de forró.
Para Cláudia, a dança é sua forma de diversão e é sempre muito engajada nas atividades da escola. "Eu gosto muito da Escola de Arte, danço desde a minha infância, sempre fiz balé. Os profissionais aqui são os melhores, gosto muito de todos e já aprendi muito com eles, só tenho o que agradecer”, conta.
Luzinaura Féu de Lima, autônoma de 61 anos, descobriu a escola através da filha que fazia aulas de teatro e indicou-lhe a aula de forró. “Gosto muito da aula, uma ótima terapia para mente, corpo e alma. Conhecer gente nova, dançar, então é maravilhoso”, comenta Luzinaura.
Já Antonio Diego, de 29 anos, também aluno da turma, conheceu a escola através do Instagram, buscou pelos cursos ofertados e se matriculou na oficina de dança de salão. “Eu amo o forró e amo a cultura em si, então decidi fazer dança de salão. A aula é muito satisfatória, assim como o professor e o restante do pessoal que está na turma", afirma Ântonio.
