Prefeitura oferta programa para tratamento do tabagismo no Cemar Siqueira Campos

Na capital sergipana, a Prefeitura de Aracaju por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) oferta o Programa de Combate ao Tabagismo. O serviço é porta aberta, de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h, no Centro de Especialidades Médicas de Aracaju (Cemar Siqueira Campos). 

O tabagismo é uma doença crônica caracterizada pela dependência física e psicológica do tabaco em suas diversas formas, como cigarro, charuto, cachimbo, rapé, narguilé ou fumo mascado. De acordo com a médica pneumologista do Programa de Tabagismo, Ana Paula Argolo, é importante que as pessoas entendam que todas as formas de uso da nicotina são prejudiciais à saúde. 

“É necessário que esses pacientes tabagistas pensem fortemente em parar de fumar e, se necessário, que busquem tratamento seguro para essa doença. Aqueles que conseguem parar de fumar se tornam mais saudáveis sob vários aspectos, dentre os quais melhoria da auto-estima, recuperação do paladar e olfato, melhora da capacidade respiratória e dos níveis de pressão arterial, e até mesmo financeiros, porque gasta-se consideravelmente comprando cigarros. No programa de tratamento do Cemar, os participantes participam de grupos terapêuticos de abordagem cognitivo comportamental e recebem apoio medicamentoso gratuitamente”, explica a médica.

Nos grupos, são oferecidas informações sobre a doença e estratégias de pensamento e de comportamento que facilitam o processo de cessação tabágica. Os encontros acontecem ao longo de oito a dez semanas. No programa, também são atendidos os casos de eventuais recaídas, oportunizando-se o acompanhamento em todas as fases do processo terapêutico.

Narguilé e cigarro eletrônico

O narguilé, também conhecido como cachimbo d'agua, é extremamente nocivo. Uma seção de narguilé corresponde à exposição aos componentes tóxicos presentes na fumaça de, aproximadamente, 100 cigarros. Já o cigarro eletrônico, é conhecido no Brasil pelo termo Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs). São chamados também de “vapes”, e-cigarros, e-cigs, e-cigarettes ou “pen drive”.  

“Os DEFs são uma ameaça à saúde pública, porque representam uma combinação de riscos, os já conhecidos efeitos danosos à saúde. Em especial, esses dispositivos atraem pessoas que nunca fumaram, persuadidas pelos aromas agradáveis, sabores variados, inovação tecnológica e estigmas de liberdade. O cigarro eletrônico aumenta o risco de infarto agudo do miocárdio e de doenças respiratórias e pulmonares, como a asma, além de possuir, em sua composição, substâncias que podem ser cancerígenas”, orienta Ana Paula.

Fluxo de Atendimento

Os interessados precisam residir na capital e apresentar o cartão do Sistema Único de Saúde (SUS). “Ao procurarem o serviço, os cidadãos passam por uma consulta com a médica pneumologista, recebem medicação gratuitamente e recomendações. O serviço atende de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h, no Centro de Especialidades Médicas de Aracaju - Cemar Siqueira Campos”, enfatiza a coordenadora do Programa, Nazaré Aragão. 

Toda pessoa que um dia escolheu fumar tem o direito e pode escolher parar de fumar. “Não é porque fuma há muito tempo, ou porque fuma muito, que não será possível parar de fumar. Nosso trabalho é orientar e dar suporte nesse processo. Parar de fumar, assim como se livrar de qualquer outro vício, é um desafio, e o programa não existe para julgar as pessoas, mas para acolher suas dores e tratar, dentro daquilo que essas pessoas se permitem fazer, afinal, tem que haver a vontade delas para que funcione”, reforça a gerente do Programa Jenifer Sobral.