De modo a garantir saúde e aprendizagem para todos os alunos da rede municipal de ensino, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), dedica um cuidado especial aos estudantes que possuem necessidades alimentares específicas, seja decorrente de alergia ou intolerância alimentar, a partir da oferta de uma alimentação saudável e nutritiva de maneira adequada para todos.
Nas escolas da rede municipal, apesar do cardápio padronizado para todos os alunos, a alimentação das crianças com necessidade nutricional especial é adaptada para melhor atendê-las. A Semed envia o cardápio todos os meses para as escolas, no entanto, quando são identificados, por meio de laudo médico, casos de alunos com alergia ou intolerância, o órgão encaminha uma orientação específica para a montagem do cardápio destes estudantes, respeitando as suas restrições.
A coordenadora de Alimentação Escolar da Semed, Larissa Coelho, explica que são feitas substituições dos ingredientes e cita como exemplo o cuscuz com leite e ovos que é servido na merenda escolar. Segundo ela, se houver aluno com intolerância à lactose ou alergia ao ovo, o preparo do prato levará em consideração o uso de leite sem lactose, substituindo o tipo de leite, assim como também será servido outro tipo de proteína para substituir o ovo.
“É importante fazer esses ajustes de cardápio porque o aluno está inserido na escola e ele precisa ser atendido. Um dos objetivos do Plano Nacional de Alimentação Escolar é garantir o bom rendimento dos alunos, auxiliar na aprendizagem através da alimentação. Então, a partir do momento em que se faz um ajuste no cardápio, a gente faz com que aquele aluno seja incluído”, explica a coordenadora.
Cardápio adaptado
Na Escola Municipal de Ensino Infantil Dom José Brandão de Castro existem dois alunos que possuem alguma alergia ou intolerância, diagnosticada por nutricionista. De acordo com a diretora da unidade escolar, Rejane Alves da Silva Araújo, os pais e mães respondem um instrumental sobre a necessidade alimentar dos filhos. Após encaminhar relatório médico informando o diagnóstico clínico à Coordenadoria de Alimentação Escolar, a escola então recebe a confirmação que o cardápio será ajustado para que as merendeiras possam montar o refeição adaptado para esses alunos da forma mais apropriada.
“Toda criança tem o direito à alimentação escolar. Então, esse olhar mais específico é importante, porque o aluno precisa se alimentar na escola, na creche, e a gente tem que ofertar. Se ela tem alguma alergia ou intolerância, a gente vai fazendo a adaptação. Criança bem alimentada tem um aprendizado muito melhor”, reconhece a diretora.
A merenda adaptada aos alunos com necessidades alimentares especiais é bastante elogiada por Selma Santos, mãe da pequena Ana Júlia, aluna da Emei Dom José Brandão de Castro. Segundo ela, a filha tem intolerância a leite, trigo, corante, mariscos, ovos, soja, entre outros alimentos. Como a criança passava mal ao comer alguns alimentos, ela levou a um especialista, que diagnosticou a criança com uma série de intolerâncias alimentares.
“Levei o relatório à escola, que entrou em contato com a Secretaria Municipal de Educação. Desde então, a merenda dela é adaptada. Por exemplo, no dia que é servido cuscuz com ovo, aí substitui o ovo por uma carne do sol. A escola se preocupa bastante com a alimentação correta dos alunos, e isso tem sido muito bom para a minha filha. Nunca mais ela apresentou problemas”, afirma.
A merendeira Suely Santos de Jesus destaca ser muito importante essa adaptação no prato dos alunos que possuem alergia a alguns tipos de alimentos. "A gente segue a orientação que vem da nutricionista e faz o prato desses alunos separadamente. E esse cuidado que a escola tem com eles faz toda a diferença”, avalia.