Prefeitura conclui mais uma etapa de qualificação profissional para beneficiários do AME

Nesta terça-feira, 13, a Prefeitura de Aracaju, por intermédio da Secretaria da Assistência Social e da Fundação Municipal de Formação para o Trabalho (Fundat), concluiu mais um ciclo de oficinas de preparação para o mercado de trabalho para beneficiários do Auxílio Municipal Especial (AME), no Centro de Referência da Assistência Social (Cras) Terezinha Meira, localizado no bairro Olaria.
 
Este segundo ciclo contou com três oficinas, a primeira foi realizada na terça-feira (11), no Cras Enedina Bonfim, no bairro América, e a segunda na quarta-feira (12), no Cras Benjamin Alves de Carvalho, no bairro Coroa do Meio.

As oficinas fazem parte de um dos objetivos do programa AME, que visa garantir aos beneficiários qualificação para inserção ou reinserção no mercado de trabalho, oportunizando a superação da sua atual situação de vulnerabilidade social. Durante as oficinas os beneficiários recebem orientações para a elaboração do currículo, como se apresentar em entrevistas de trabalho e também dicas de como empreender e abrir o próprio negócio.

A coordenadora do Cras Terezinha Meira, Elze Angélica Melo, explica que a parceria entre a Assistência Social e a Fundat visa oportunizar para uma parcela da população a chance de se qualificar para o mercado de trabalho ou até abrir o próprio negócio.

"É de fundamental importância a realização dessas oficinas para que esses usuários possam ter sua autonomia, que é um direito de gerar renda para poder suprir as suas necessidades. O conhecimento passado pelo instrutor é importante, porque os usuários adquiriram conhecimento através de uma pessoa que está qualificada e isso facilita ao usuário entender melhor como se chegar a uma vaga de trabalho, até saber como preencher o currículo, de como empreender, e às vezes não saber esses passos, já exclui muita gente. Sabemos que o AME ajuda aos beneficiários com o valor mensal, mas que essa ação seja o início para que eles possam futuramente gerir a família sozinhos, com segurança financeira, alimentar e social", pontua Elze.

Para o instrutor da Fundat, Kramer Rodrigues, as oficinas são importantes para que as pessoas tenham a real noção de como está o mercado de trabalho, adequem-se às tendências e identifiquem oportunidades de empreender.

"Fazer cursos, capacitação, preparar currículo, dicas de como empreender é o passo inicial para que as pessoas consigam superar uma situação de vulnerabilidade social, por mais que sejam dicas já debatidas de alguns cursos, a gente ainda percebe que existe uma problemática entre eles, como devem se vestir, como se comportar e essa oficina vem justamente para isso, para dar força, engajamento para eles", afirma Kramer.

Ainda segundo o instrutor, é possível identificar, durante a oficina, pessoas com potencial para empreender e, com isso, tenta fortalecer esse potencial com as orientações. "Na oficina, tentamos fazer esse resgate de buscar algumas características de empreendedor para eles saberem que possuem essas características e podem colocar em prática, o que precisam de fato é eles planejarem e estarem monitorando essas características para poder empreender cada vez mais e com isso entrarem no mercado", completa.

Beneficiários
A artesã e moradora do bairro Olaria, Graziela Santos Rezende, diz que a oficina aumentou seu conhecimento para empreender e que os serviços ofertados pelo Cras são de suma importância para a comunidade.

"Eu já tenho uma noção básica de empreendedorismo, mas quando a gente tem uma qualificação com certificado já conta muito mais. É uma questão de você falar que sabe fazer e tem como provar que sabe fazer. Estar aqui junto ao professor e o Cras abrir as portas pra os moradores, para a comunidade aprender e melhorar de vida, antes eu não sabia o que um Cras fazia, eu achava que era só para poder se cadastrar no Cadastro Único. O Cras vem pra você tentar suprir situações da população em situação de vulnerabilidade. Foi uma oportunidade muito boa do AME que apareceu pra mim e daqui pra frente as coisas só tende a melhorar, o que a Prefeitura fez foi muito bom, maravilhoso", reconheceu.

Para a dona de casa Thauane Mayara da Silva, grávida de cinco meses, a oficina oportunizou a ela e ao marido se qualificarem e melhorarem a condição de vida para receber a futura filha. "Participar do AME é bom porque recebo uma ajuda em dinheiro por mês e dá a chance de fazer vários cursos de graça. A oficina é muito importante porque pude aprender como começar o meu próprio negócio com meu marido e melhorar a nossa condição de vida para a chegada da nossa filha", afirma.