Alimentação saudável e meio ambiente estiveram em foco na oficina "Desembale menos, descasque mais", que aconteceu na tarde desta quinta-feira, 20, no Escritório de Atendimento à Comunidade da avenida Perimetral Oeste , como parte da campanha de preservação ambiental realizada pelo Trabalho Técnico Social do projeto. Os facilitadores da oficina foram a assistente social e culinarista Simone Azevedo e o biólogo Igor Azevedo. Durante toda a tarde, os moradores puderam participar de dinâmicas sensoriais, envolvendo alimentos naturais; além de aprender mais sobre a importância de se ter uma alimentação saudável e sustentável.
“Alimentação sustentável é aquela que se preocupa não só com a saúde humana, mas também com a saúde do meio ambiente. Por exemplo, se a gente consome muito plástico, a gente sabe que ele acaba muitas vezes poluindo rios e mares, devido ao descarte indevido. Nunca se consumiu tanto os produtos industrializados como nos últimos tempos. Reduzindo esse consumo estamos ajudando o nosso planeta, assim como quando cuidamos do nosso lixo, fazemos a coleta seletiva, a compostagem aproveitando os restos de comida, dentre outras coisas simples que podemos fazer. Temos que voltar aos hábitos dos nossos avós. Na natureza, tudo se transforma”, disse Simone.
Ela ainda apresentou como exemplos de malefícios à saúde a ingestão de alimentos ultra processados, com alto teor de açúcar e sódio; e os benefícios do consumo de alimentos frescos, como frutas e legumes, para a saúde mental, a melhoria do humor e a concentração, trazendo mais disposição e sensação de felicidade. Também prenderam a atenção dos participantes as dicas de como é possível promover uma mudança de hábitos através das diversas possibilidades de alimentação barata, sustentável e saudável.
Após distribuir uvas passas para os participantes, o biólogo Igor Azevedo conduziu uma dinâmica para que pudessem sentir a textura, o aspecto, o sabor, o cheiro do alimento, fazendo a comunidade perceber como nos dias de hoje a alimentação tem se tornado automática.
“Precisamos mudar essa dinâmica no nosso dia a dia. Comer mais devagar, com consciência, sentindo os alimentos. É mesmo desacelerar, sentir as pausas, ver mais as coisas da vida, inclusive o alimento. As sensações são muito importantes no ato de se nutrir e, para que possamos nos conectar com elas, é recomendado evitar televisão, celular, computador, etc. enquanto a gente se alimenta. Também não se deve comer no automático, sem estar com fome”, orientou Igor.
Moradora do bairro Bugio, Eliana Souza Lima aprovou a atividade. “Eu gostei muito dessa palestra, porque aprendi muitas coisas. Aprendi a comer bem, a me alimentar melhor. Uma coisa que vou citar: beterraba, por exemplo, eu não gostava. E sou muito grata. Nem queria vir, ia me mudar, mas graças a Deus eu vim, gostei e pretendo vir outras vezes”, disse.
Já Joelma Alves Santana, moradora do loteamento Rosa do Sol, bairro Soledade, disse ter ficado motivada a promover mudanças de hábitos após participar da oficina. “Foi ótima demais a palestra de hoje. Teve coisas que eu nunca tinha ouvido. Não posso garantir que vou conseguir, mas vou fazer um esforço para que eu comece a fazer o que aprendi hoje. Foi muito importante não só pra mim, mas também para todos que estavam presentes”, concluiu.
