Nesta terça-feira, dia 29, a Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju) entregou a Medalha Forró Caju, em menção honrosa, ao artista sergipano Hilton Lopes, por sua contribuição à cultura sergipana. A medalha foi entregue pelo presidente da Funcaju, Luciano Correia, ao filho do homenageado, Rafael Lopes, junto ao certificado de menção honrosa.
A homenagem é feita a artistas sergipanos que contribuíram para o ciclo junino na capital. Este ano, os artistas condecorados com a Medalha Forró Caju, por suas contribuições à cultural local, foram: Zé Rosendo, Zé Américo de Campo do Brito e Hilton Lopes.
Segundo o presidente da Funcaju, Luciano Correia, Hilton Lopes tem uma história fundamental para a televisão sergipana, para o rádio e a cultura, principalmente no São João e no Carnaval. “Foi a primeira pessoa que cobrou investimentos públicos nessas festas tradicionais, que contribuiu para profissionalização desse mercado. Essa homenagem é mais que devida, repara a necessidade de reconhecimento a Hilton Lopes, artista relevante para a consolidação de eventos juninos e carnavalescos”, explica.
Para Rafael Lopes é muito importante esse reconhecimento à trajetória de seu pai, Hilton Lopes, para a cultura sergipana. “O tanto que ele lutou para não morrer o carnaval de rua, o que ele fez de tudo dentro da cultura sergipana, é muito bom ver esse reconhecimento. É muito interessante que a Prefeitura, a Funcaju, reconheça isto e faça essa homenagem. O seu acervo lembra sua luta, sua batalha para a área cultural e sua relevância”, comenta.
Hilton Lopes
Hilton Lopes nasceu em Aracaju, em 7 de junho de 1928, e foi criado no bairro de Aribé, onde viveu a vida toda, recebendo o apelido de “Pajé do Aribé”. Aos dez anos, Hilton Lopes fez sua primeira composição musical. Foi radialista, apresentador de televisão e teve intensa participação na música, como compositor e instrumentista.
Sua entrada na vida artística foi ocasional, aos 17 anos. O primeiro festival de música carnavalesca de Aracaju foi organizado pelo artista. Apresentou por muitos anos o programa da TV Ataláia, “Cidade Junina”. Foi considerado o maior símbolo dos festejos juninos de Sergipe e dos festejos do carnaval de Aracaju. Faleceu, também em Aracaju, em 28 de junho de 2003.
