No mês de agosto, a Defesa Civil de Aracaju, órgão que integra a Secretaria Municipal da Defesa Social e da Cidadania (Semdec), registrou redução significativa de volume de chuva em relação aos meses anteriores e atendeu a 71 ocorrências. Os dados meteorológicos e demandas da população são constantemente monitorados, de maneira a nortear estratégias de prevenção e mitigação de riscos na capital.
De acordo com o secretário da Defesa Social e da Cidadania, tenente-coronel Silvio Prado, mesmo com a redução progressiva do volume de chuva, a atenção é permanente. "Além da constante atenção às demandas da população e realização de trabalho preventivo, principalmente, nas áreas de risco, desde já, reunimos e avaliamos informações atualizadas para nortear estratégias que contribuam para a redução de riscos e ampliação da resiliência frente aos eventos adversos", frisa o gestor.
O balanço das atividades desenvolvidas pelo órgão ao longo do mês de agosto considera os dados meteorológicos, que apontam para a redução significativa do acumulado de chuva. Conforme o sistema de monitoramento ClimAju, o volume acumulado nesse período foi de 139 milímetros (mm). Apesar de superior à média histórica de 105 mm, para o mês, o volume representa uma redução em relação aos meses anteriores.
Em julho, com o acumulado de 247 mm, foram atendidas 124 ocorrências para avaliação de riscos estruturais (55,65%), situações de alagamentos (29,84%) e outras. Já em agosto, as ocorrências em sua maior parte foram voltadas à avaliação de risco estrutural, o que representou 90% da demanda.
O coordenador da Defesa Civil de Aracaju, Robson Rabelo, destaca que isso significa uma redução de vistorias por questões de alagamentos ou risco de deslizamento de terra. "As avaliações de riscos estruturais predominaram nesse período", ressalta.
Foram realizadas oito interdições, sendo quatro delas totais e as demais parciais. Não houve registro de pessoas feridas. Outras oito notificações foram realizadas, além de terem sido confeccionados pelo órgão 31 Relatórios de Vistoria Técnica (RVT) e quatro Relatórios de Avaliação de Risco (RAR).
Mapeamento participativo
A Defesa Civil de Aracaju deu início ao programa Mapeamento Participativo, referente à atualização dos mapeamentos de áreas de risco realizados em conjunto com os membros dos Núcleos Comunitários de Proteção e Defesa Civil (Nupdecs). O objetivo da iniciativa foi apresentar aos voluntários os critérios utilizados para identificação de risco; apresentar as áreas de risco já mapeadas e identificar novas áreas com a colaboração dos participantes.
Segundo o coordenador da Defesa Civil da capital, a atividade contribui para aumentar a integração e o senso de pertencimento do voluntariado nas ações de Proteção e Defesa Civil. "Ao longo do mês, após o período chuvoso, a Defesa Civil de Aracaju dá continuidade ao mapeamento e monitoramento das áreas de risco, com o objetivo de melhor hierarquizar os riscos dessas áreas mais suscetíveis. Fazemos essas atualizações logo após a quadra chuvosa, para que no próximo período chuvoso tenhamos um mapeamento mais fidedigno ao que a área representa", frisou Robson Rabelo.
Foram realizados mapeamentos com os Núcleos Comunitários dos bairros Jabotiana, Soledade, Cidade Nova, Porto Dantas, Santa Maria, América e Industrial. Os dados obtidos durante esse trabalho irão compor a atualização do Plano de Contingência para o período de chuvas de 2024.
