Prefeitura recepciona novos oficineiros do SCFV com dinâmica de acolhimento

Assistência Social e Cidadania
04/09/2023 16h52

Nesta segunda-feira, 4, a Prefeitura de Aracaju, através da Secretaria Municipal da Assistência Social, realizou no Centro de Referência da Assistência Social (Cras) Jardim Esperança, localizado no bairro Inácio Barbosa, a recepção dos novos oficineiros selecionados através do edital de seleção e credenciamento  N° 01/2023 com uma dinâmica de acolhimento.
 
Foram selecionados 15 profissionais de diversas áreas para ministrar oficinas socioeducativas de canto, música, artes marciais, artes manuais, educação física, dança, entre outras atividades com crianças, adolescentes e idosos assistidos pelo Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) e de Proteção e Atendimento Integral a Família (Paif) do âmbito da PSB nos 17 Cras da capital.
 
A gerente do SCFV, Karine de Oliveira, explica a importância das oficinas junto aos serviços ofertados pelos equipamentos da Assistência Social e sobre a dinâmica da reunião de acolhimento dos oficineiros.

"Esses oficineiros possuem experiência com o SCFV e estamos aqui para debater novas maneiras de trabalhar com os assistidos e trocar experiências de como podemos melhorar a vida das pessoas nas comunidades. As oficinas são complementares ao trabalho que a gente faz, o trabalho de convivência social, de convivência familiar com nossos assistidos, ampliando as nossas estratégias de abordagem e prevenção. A gente vai trazer um grande plus aos nossos serviços com as oficinas. Cada Cras terá em média quatro oficinas acontecendo por semana nos períodos da manhã e da tarde", afirmou a gerente.

Os oficineiros atuarão com o objetivo de estimular e desenvolver ações de fortalecimento de vínculo e de cidadania, de maneira gratuita através do Sistema Único da Assistência Social (Suas) nos equipamentos da Proteção Social Básica (PSB).

"A gente vai trazer também com as oficinas o desenvolvimento das capacidades emocionais das nossas crianças, porque a arte, a música, o esporte trazem esse diferencial na rotina. Para o idoso traz autonomia, a atividade física traz um novo sentido e a socialização acontece de uma forma muito mais espontânea, que é o principal objetivo do SCFV, ela flui de forma muito mais espontânea através das oficinas", completa a gerente sobre o foco principal dos serviços.

O instrutor de música Elvis José da Silva reconhece como importante a dinâmica realizada durante a reunião de acolhimento para os oficineiros selecionados e destaca o papel que irá exercer diante de pessoas que vivem em diversas situações de vulnerabilidade.  

"Essa primeira reunião é muito importante, porque serve para todos se conhecerem, ter uma troca de conhecimento para se colocar em prática durante as oficinas que irão começar nos próximos dias. Eu que trabalho com música, utilizo a arte como uma grande ferramenta, trabalhar com música para idoso e para criança nada mais é do que florescer neles todo esse protagonismo, todo esse entusiasmo à própria vida. A gente sabe e vê no dia a dia que levamos um pouco mais de respiro e a gente quer que eles se tornem cada vez mais agentes transformadores dentro da própria comunidade", pontua, Elvis.

Para a instrutora de ballet Kátia Carolayne Santos, o retorno das oficinas é a oportunidade que muitas crianças, adolescentes e idosos poderem realizar o sonho de praticar uma atividade que jamais poderiam fazer devido às condições em que vivem.

"Hoje na reunião de acolhimento pudemos conhecer quem serão os oficineiros e suas especialidades, conversar e realizar algumas dinâmicas para entender o quanto nosso papel de educador social pode fazer a diferença na vida dessas pessoas. Como eu vim de onde essas crianças estão hoje, eu me dedico ainda mais nos ensinamentos. Quando a Prefeitura propôs o ballet clássico, me surpreendi e aí agarrei a oportunidade. Serei uma ponte para levar elas até onde elas conseguem chegar. Eu não pretendo formar bailarinas profissionais ou bailarinas renomadas, mas eu pretendo formar caráter e também ajudar na saúde física e psicológica delas”, diz.

O instrutor de capoeira José Cardoso Filho, conhecido por Mestre Fininho, afirma que está contente por ter sido selecionado para ministrar oficinas de capoeiras e, com isso, poder mudar para melhor a vida de pessoas em comunidades carentes.

"Estou muito feliz por ter passado por todas as etapas do processo de escolha dos oficineiros e sei da importância do SCFV para os assistidos, independente que seja criança, adolescente ou idoso. Nós oficineiros seremos para os assistidos como um divisor de águas, é aquela porta no fundo do horizonte que se abre para um futuro melhor pra eles. A capoeira é um esporte, é uma dança, é uma expressão cultural, então contempla diversos ensinamentos, então esse trabalho do serviço de convivência, do Cras e da gestão, é de suma importância para o fortalecimento de vínculos”, conta.