Prefeitura leva alunos da rede municipal para Festival Paralímpico

Educação
23/09/2023 15h38

"Meu filho é especial em todos os sentido para mim e, quanto mais ele estiver incluído em qualquer tipo de atividade, é importante. Isso faz com que ele se desenvolva melhor e conviva mais com outros jovens, além de fazê-lo ficar ativo, praticando uma atividade física. Por isso, hoje é um dia muito bom para ele e para mim também, divertido e onde ele está aproveitando bastante", comenta Juliana Jesus, mãe de Calebe Andrade, que cursa o 4º ano na Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) João Oliva Alves, no bairro Santa Maria.


Ela fala sobre a participação do filho na manhã deste sábado, 23, na segunda etapa do Festival Paralímpico 2023, que contou com muita diversão, trocas e o contato com modalidades físicas diferenciadas. A experiência fez a alegria de cerca de 170 alunos, público-alvo da educação especial da rede municipal de ensino de Aracaju, que estiveram no campus São Cristóvão da Universidade Federal de Sergipe (UFS).

A Prefeitura de Aracaju, através da Secretaria Municipal da Educação (Semed), disponibilizou transporte para cada estudante da rede e seu responsável, além de prestar apoio ao Festival por meio da equipe da Coordenadoria de Educação Física e Esporte (Coefesp/Semed). O evento é uma iniciativa do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), em parceria com a Caixa Econômica Federal e a UFS, para incentivar a prática de atividades esportivas por parte de alunos com deficiência física ou intelectual. 

"A rede municipal de ensino da capital, mais uma vez, torna-se parceira deste evento de grande importância, já que estamos aqui lidando diretamente com o direito à educação, ao esporte e à inclusão dos nossos estudantes, que são público-alvo da educação especial. Como uma das nossas linhas de ação, embora tenhamos muito ainda que aprender, conquistamos experiências exitosas que podemos compartilhar, nos esforçando para proporcionar a todos um aprendizado de qualidade e um desenvolvimento eficaz", explana o secretário da Educação de Aracaju, Ricardo Abreu.

Atividades diferenciadas

Durante o Festival, crianças e jovens, de 8 a 17 anos de idade, puderam experenciar modalidades esportivas como badminton, bocha e atletismo. Uma novidade para esta etapa foi a inserção de atividades para as mães ou responsáveis dos alunos, com palestra sobre bem-estar, e a prática de ioga e de ginástica funcional.

Coordenador da Coefesp/Semed, Robson Santos evidencia o Festival como uma oportunidade de proporcionar aos alunos, talvez, a primeira experiência com estes esportes. "A ideia é fazer com que eles tenham uma experiência com essas quatro modalidades esportivas. No trabalho com as escolas temos desenvolvido projetos desde 2017, dentro da própria Secretaria, que fazem com que os estudantes tenham acesso a esportes como a ginástica, saltos ornamentais, futebol, futsal e outros, totalizando 18 projetos. Além disso, uma outra proposta para a inclusão no esporte está sendo elaborada por nossa equipe", diz Robson.

Apoio da escola

A participação no Festival oferta o contato com novos universos esportivos e o compartilhamento de vivências e experiências diferentes, motivo que fez o estudante Nicolas Silva, de 12 anos, que cursa o 6º ano na Emef Sérgio Francisco da Silva, do bairro Lamarão, acordar com frio na barriga, segundo ele. Esta é a segunda participação do jovem no Festival.

"É muito bom estar aqui, brincar e ficar cansado de se divertir com os amigos, também. Gosto de esportes de luta e vou para a sala que tem judô agora. Minha professora está me acompanhando. Isso é incrível. Na escola, me incentivam a participar de todas as atividades, da aula de educação física, e tenho muito apoio", conta o estudante.

Coordenadora pedagógica da Emef, Tanielly Farias acompanhou os cerca de 12 alunos, matriculados na unidade de ensino, presentes no evento. De acordo com ela, além de possibilitar a experiência com novas modalidades esportivas, trazer os estudantes ao Festival os oferta mais capacidade de socialização e outros aprendizados.

"Temos a sala de recursos multifuncionais funcionando em dois turnos e sempre fazemos questão de trazermos os alunos a este Festival. É muito importante incentivarmos o aprendizado de todas as áreas e estamos sempre procurando alternativas diversas que possam agregar às aulas de educação física e conseguir juntar esse público com os demais alunos, fazendo-os interagir de uma maneira diferenciada, com cada um respeitando as limitações, é maravilhoso", relata Tanielly.