Professores da rede municipal aprendem Libras em curso ofertado pela Semed

Educação
28/09/2023 07h01

A Secretaria Municipal da Educação realiza, desde o último dia 5 de setembro, o curso de Libras. Voltada para os professores da rede, a capacitação é operacionalizada pelo Centro de Aperfeiçoamento e Formação Continuada da Educação (Ceafe) e Coordenação de Educação Especial (Coesp). 

Com o objetivo de possibilitar a conversação básica entre os docentes e os possíveis alunos que se comunicam pela língua de sinais, o curso é ministrado pela professora Alana Monteiro e realizado na Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Presidente Vargas às terças e quintas-feiras, das 19h às 21h, com 39 participantes e carga horária de 60 horas. 

A ministrante, graduada em Pedagogia, Letras/Libras e especializada em Educação Inclusiva, explica que o curso tem o intuito de propagar a língua de forma básica para os professores, para que eles possam, no mínimo, ter um entendimento e envolvimento com o seu aluno surdo. 

“É preciso ao menos um conhecimento básico dos professores para que o aluno surdo possa se sentir acolhido e que seja uma comunicação significativa para ele. Como facilitadora, esse curso está sendo muito encantador, porque essa turma está muito envolvida. Eles se doam a cada proposta que eu faço. Então, para mim, está sendo tudo maravilhoso”, declara. 

Participantes
Maria Valdelice dos Santos é professora na Emef Otília de Araújo Macêdo e afirma ter bastante interesse no ensino de Libras, a ponto de já ter cogitado cursar uma graduação. 

“Eu não tive oportunidade de me graduar em Libras. Então, agora que surgiu a oportunidade de fazer, resolvi me inscrever, já que é uma coisa que me interessa muito no meio da educação e da inclusão. Eu me identifico muito com as deficiências e estou sempre buscando atualização. Com o curso, já aprendi o básico, como o alfabeto e a falar alguns nomes. Todos participam com empolgação, porque é uma formação bem prática, que não foca só na teoria e isso ajuda muito. Acredito que eu aprenda bem mais e possa levar para a sala de aula”, diz a doente. 

Já a professora Maria Lulia Lima, também da Emef Otília de Araújo Macêdo, conta que sempre teve vontade de aprender Libras, mas o que realmente a fez se inscrever foi por ter um neto que é autista não-verbal. 

“Talvez, com a língua de sinais eu consiga me comunicar melhor com ele. Assim, também, eu terei mais capacidade de conversar com estudantes surdos. Por isso, o curso está sendo muito proveitoso. A gente imagina que não vai aprender, mas ao chegar aqui, percebemos que se aprende rapidinho. Principalmente por ser ministrado por uma professora maravilhosa, que consegue transmitir de uma maneira em que a gente aprende sem dificuldades. Tenho certeza que até o fim do curso nós iremos aprender muito mais”, afirma.