Prefeitura reforça linha de cuidado da doença pulmonar obstrutiva crônica

Saúde
18/10/2023 14h48

A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) constitui um grupo de doenças respiratórias caracterizadas por obstruir cronicamente as vias aéreas, como os sintomas de falta de ar, tosse crônica, expectoração, respiração ofegante e a sensação de opressão torácica. De maneira preventiva, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), reforça e garante cuidados contra a doença.

Atualmente, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a DPOC é a terceira causa de óbitos no mundo, mesmo sendo uma doença com repercussões sistêmicas, prevenível, tratável e cuja limitação provocada no fluxo aéreo pulmonar é parcialmente reversível. 

“Os principais objetivos do tratamento da DPOC são reduzir os sintomas e a progressão da doença, reduzir a frequência e a gravidade das exacerbações, melhorar a tolerância à prática de atividade física, com consequência na qualidade de vida e bem-estar. Por ser uma doença crônica com alta taxa de complicações é importante conscientizar a população. Nossas equipes já estão capacitadas quanto às formas de prevenção e controle, a fim de evitar as exacerbações pela doença e também da aceleração e declínio da função pulmonar que estão associadas ao aumento de mortalidade”, explica a referencia técnica da SMS, Vanessa Barreto.

Fatores de risco e sintomas
A doença acomete mais as pessoas com idade superior a 40 anos e dentre os fatores de risco estão o tabagismo e a inalação de gases irritantes ou de material particulado em ambiente ocupacional ou domiciliar com fumaça de fogões a lenha; fatores genéticos e com história familiar de DPOC; e também fatores relacionados à infância como baixo peso ao nascer ou infecções respiratórias, entre outros.

“Os sintomas devem ser avaliados em cada consulta e os pacientes com sintomas graves devem ser monitorados para exacerbações agudas. A cessação do tabagismo é crucial, assim como avaliar o risco cardiovascular e a adesão ao tratamento regularmente”, enfatiza Vanessa. 

Fluxo de atendimento e tratamento
Na municipal de saúde da capital, os pacientes são avaliados com base nos sintomas, histórico de tabagismo, medicamentos em uso, exacerbações e exames de imagem. Pacientes com baixo risco e sintomas mínimos são tratados na Atenção Primária, ou seja, nas Unidades de Saúde da Família (USFs). Já os pacientes com risco mais alto são encaminhados para a Rede de Atenção Especializada, através do sistema de regulação e inseridos na lista de consultas com o pneumologista.

Em casos de urgência e emergência, em demanda espontânea, há a orientação de estabilização do quadro e encaminhamento para a Rede de Urgência, conforme os critérios de gravidade/hospitalização, podendo ser acionado o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. 

“DPOC é tratável com medicamentos e reabilitação pulmonar. Neste sentido, os tratamentos disponíveis atuam retardando a progressão da doença, controlando os sintomas e reduzindo as complicações. Para impedir o declínio progressivo da função respiratória recomenda-se parar de fumar, além de ser muito importante que as pessoas com a doença estejam vacinadas contra a gripe e covid-19”, orienta Vanessa.