Prefeitura realiza reunião intersetorial de combate a violência contra a mulher

Assistência Social e Cidadania
31/10/2023 16h09

A Prefeitura de Aracaju, com o objetivo de fortalecer as políticas de enfrentamento a violência contra a mulher, através dos Centros de Referência da Assistência Social (Cras) do 5° distrito da capital, no âmbito da Proteção Social Básica (PSB), gerenciados pela Secretaria Municipal da Assistência Social, realizou nesta terça-feira, 31, no Instituto Luciano Barreto Júnior, localizado no centro da cidade, a II Campanha Socioeducativa com o tema "Violência doméstica, intervir para prevenir".

A reunião intersetorial organizada pelos Cras Carlos Fernandes, do bairro Lamarão; João de Oliveira Sobral, do bairro Santos Dumont; Carlos Hardman, do bairro Soledade e Flor Jurubeba, do bairro Olaria, que compõem o 5° distrito da capital sergipana, contou com a participação de setores além da assistência social, saúde, lideranças comunitárias e instituições que atuam no território. A ação teve como objetivo discutir, ampliar a discussão e pensar possibilidades e alternativas de enfrentamento e de prevenção a violência contra a mulher.

A coordenadora da PSB, Catharina Menezes, afirma que a intersetorialidade é a chave para que as políticas públicas tenham uma maior eficiência e atender os cidadãos com maior qualidade.

"Uma das funções da política da assistência social é fazer articulação intersetorial  com outras políticas, uma vez que nossos usuários passam por outras políticas públicas, necessitam de outros encaminhamentos. É muito importante que a gente esteja de perto e de mãos dadas com essas outras políticas para que tenham um melhor encaminhamento e atendimento dos nossos usuários. O 5° distrito faz isso com excelência, já tem um tempo que eles vêm se articulando com unidade de saúde, escola, Conselho Tutelar, Creas e esta campanha em  específico tem esse objetivo de articular toda a rede do distrito", disse Catharina.

Coordenador do Cras Carlos Fernandes de Melo, Reginaldo Vieira, explica que a campanha socioeducativa realizada nesta terça-feira, 31, é para fazer uma discussão ampliada a cerca de um tema de relevância dentro do território.

"Esse momento de  debate é para fazer uma discussão ampliada com a rede intersetorial, é uma discussão muito importante e que possui várias nuances, são aspectos múltiplos que precisam ser discutidos sobre esse enfrentamento à violência contra a mulher. A próxima etapa dessa campanha, serão oficinas com as famílias nos Cras e no dia 22 de novembro vai acontecer uma ação, uma culminância, onde iremos juntar todas essas pessoas do território para fazer um fechamento com aquilo que foi construído ao longo desse período para de fato fazermos um enfrentamento que seja mais específico para essas situações de violência contra a mulher", afirmou.

Coordenadora de Políticas para as Mulheres da Assistência Social de Aracaju, Edlaine Sena destaca que é importante realizar ações integradas, pois nenhum serviço consegue dar conta sozinho das demandas em relação às mulheres vítimas de violência.

"A violência doméstica é um problema estrutural, um problema presente em todas as classes sociais, em formatos de família, então a gente precisa discutir em rede. Esse é um trabalho que a própria Coordenadoria também vem tentando fazer, porque é fundamental articular numa ação integrada como essa, que prevê uma articulação de serviços num território. Toda equipe do 5° distrito está de parabéns pela iniciativa e a gente está aqui para se somar, levar informação para a rede de maneira mais efetiva no enfrentamento da violência contra a mulher", pontuou.

A assistente social, Lilia de Figueiredo Prado, da Unidade Básica de Saúde (UBS) José Calumby Filho, localizada no bairro Jardim Centenário, destaca que ao longo dos 17 anos em que atua na UBS, a problemática social da violência contra a mulher tem uma combate mais efetivo com a participação de diversos setores.

"A UBS acolhe muitas mulheres, meninas, adolescentes vítimas de violência e o profissional que atender na UBS, o médico, enfermeiro, assistente social, ele tem a obrigação de estar intervindo, orientando e também de notificar, essa notificação é importantíssima, mas muitas vezes o profissional resiste a notificar por medo de sofrer alguma represália. Eu acho importante trabalhar em parceria e a gente se sente fortalecido porque sozinhos a gente não consegue resolver todas essas problemáticas sociais, é uma forma de conseguir alcançar o sucesso nessas intervenções de forma coletiva, então acho fundamental esse tipo de debate", finaliza.