Prefeitura promove roda de debates com integrantes do Cultivando Cidadania

Assistência Social e Cidadania
08/11/2023 17h53

Nesta quarta-feira, 8, a Prefeitura de Aracaju, através do programa Cultivando Cidadania, gerenciado pela Secretaria Municipal da Assistência, deu início ao ciclo de debates sobre hortas comunitárias no Centro de Referência da Assistência Social (Cras) Maria José de Menezes, no bairro Coqueiral. O projeto tem o objetivo de promover a segurança alimentar para famílias em situação de vulnerabilidade a partir da implantação de hortas comunitárias, além disso, possibilita geração de renda e o senso de comunhão nas localidades em que está inserido.

Serão realizadas no mês de novembro quatro rodas de debate, o tema de cada um deles estará relacionado ao cultivo nas hortas comunitárias mantidas pela Prefeitura, como irrigação, pragas nas hortaliças, manejo de solo, alimentação saudável, alimento para sociabilidade e territorialização e resistência em espaços urbanos e periurbanos. As outras três rodas de conversa acontecerão no dia 13 de novembro novamente no Cras Maria José de Menezes e nos dias 23 e 29 de novembro na unidade da Fundat do bairro Inácio Barbosa.

"Estamos levando o teórico, pois a cada novo dia vai saindo uma nova tecnologia, como novo plantio, pragas que vão surgindo diariamente, então tentamos juntar várias dúvidas deles, inseri-los em mais debates, trazendo outras pessoas, como professores. Hoje trouxemos um colega que é da área da agroecologia, ministrando sobre a questão da sociabilidade, territorialização, tudo isso envolvendo a questão das próprias hortaliças do nosso próprio plantio. Nos próximos encontros já serão em outra horta e acaba juntando todos os usuários para formalizar, juntar mais conhecimento e ter essa troca de experiências”, explica a coordenadora do Programa Cultivando Cidadania, Tâmara Rocha.

O agroecólogo e doutorando do Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente (Prodema), Márcio Eric dos Santos, afirma estar feliz por poder contribuir e disseminar conhecimento sobre agroecologia com pessoas de comunidades carentes.

"O próprio projeto em si, das hortas comunitárias que vocês estão desenvolvendo, traz uma esperança até para o campo da agroecologia e pra nós, agroecólogos em si, e principalmente para a questão do Prodema, que trabalha com o desenvolvimento sustentável, com o bem-viver, com tudo isso aí e, principalmente, também com a questão da inserção das pessoas em si nesse contexto da partilha de saberes. Além da questão da subsistência de maneira limpa, existe a possibilidade de geração de renda e principalmente a criação de senso coletivo comunitário para o fortalecimento do local. Isso é muito importante para a agroecologia e para os munícipes”, disse.

Integrante da horta comunitária do Jardim Esperança, Etelvan dos Santos conta que as rodas de debates são importantes para que as pessoas produzam hortaliças de melhor qualidade.

"Todos os temas que serão abordados durante as rodas de conversas, além de ter a teoria, teremos a prática e isso vai fazer com que a gente aprenda ainda mais. É um conhecimento que irá nos ensinar a lidar com todos os processos e termos um produto com qualidade é um projeto muito gratificante, porque faz com que as pessoas que participam possam, além de plantar, aprender desde o preparo do solo, o plantio, a manutenção da horta e a colheita, sendo tudo sem agrotóxicos", finaliza Etelvan.