Abordagem Social realiza ação de prevenção contra o trabalho infantil no mercado Thales Ferraz

Como forma de prevenir e combater situações de violações de direitos, a Prefeitura de Aracaju, através do Serviço Especializado de Abordagem Social do âmbito da Média Complexidade da Proteção Social Especial (PSE), que integra a Diretoria de Políticas da Assistência Social (DPAS) da Secretaria Municipal da Assistência Social, realizou neste sábado, 11, uma ação de conscientização e prevenção contra a exploração sexual de crianças e adolescentes e o trabalho infantil no mercado Thales Ferraz, no centro da capital.

As equipes da Abordagem Social são compostas por assistentes sociais, psicólogos e educadores sociais dos Centros de Referência Especializados da Assistência Social (Creas) e do Centro Especializado para População em Situação de Rua (Centro POP), atuam diariamente realizando a busca ativa em diversas regiões de Aracaju, principalmente naquelas onde possuem um maior número de casos.

“Nossas equipes realizaram as intervenções ao decorrer de oito sábados contínuos, e hoje realizamos esta ação, como uma forma de trazer essa mensagem de que trabalho para adolescente só se ele for protegido, dentro dos ritos legais, não sendo assim, é uma exploração e é muito danosa para adolescência no seu contexto mais amplo, desde a dificuldade em compreender ele como um sujeito de direitos e de situação peculiar de desenvolvimento. Estivemos hoje no mercado e estaremos diariamente em diversos locais da capital trazendo informação e para dizer que somos contra a exploração do trabalho infantil e fazemos uma reverência ao trabalho protegido”, destaca Edilberto Filho, coordenador da PSE.

A técnica de referência da Abordagem Social, Ana Paula de Cristo, afirma que a região do comércio e dos mercados são locais onde são registrados casos de exploração sexual e trabalho infantil em função da movimentação que acontece. “Essa região é um chamariz para esses casos, pois temos um movimento de turistas, pessoas que vem almoçar nos restaurantes e alguns casos acabam sendo registrados. Inclusive, fizemos o registro de um caso onde a mãe estava com os filhos vendendo laços. Foi uma ação educativa e de orientação para que as pessoas entendam a cerca do trabalho infantil, fiquem alertadas a cerca da exploração sexual e denunciem”, disse.

“É uma ação importante e que deve ser feita de forma constante. Quando acontece um caso de exploração sexual, por exemplo, para descobrir leva algum tempo e vocês estando aqui com freqüência, fiscalizando, conscientizando as pessoas é muito bom. Entendo que o processo de conscientização da população é longo, mas profissionais como vocês aqui, já inibem algum caso”, destaca Jorge Lima, proprietário de loja de artesanato no mercado Thales Ferraz.

Dona de loja que vende imagens sacras há 57 anos, Maria Delzuite da Silva, pontua que o trabalho contra exploração é uma luta longa, mas que procura ajudar para cuidar da vida de crianças e adolescentes. “Me sinto bem vendo que tem pessoas que cuidam das crianças. Quando eu vejo o pessoal colocando os cartazes, eu vou dar uma olhada, leio e mostro para as pessoas, eu peço, inclusive, alguns panfletos para deixar aqui na loja e entregar para meus clientes e pessoas que estejam passando, de alguma maneira estou contribuindo para cuidar da vida de crianças e adolescentes”, finalizou.