Prefeitura promove oficina sobre consciência negra com usuários do Cras Benjamim Alves

Assistência Social e Cidadania
14/11/2023 18h21

A Prefeitura de Aracaju realizou na tarde desta terça-feira, 14, através da Gerência de Igualdade Racial da Diretoria de Direitos Humanos (DDH) da Secretaria Municipal da Assistência Social, uma oficina de conversa com o tema “Consciência Negra, amplie a sua!” e de turbantes, com idosas do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) e profissionais do Centro de Referência da Assistência Social (Cras) Benjamim Alves, localizado no bairro Coroa do Meio.

A oficina realizada nesta tarde faz parte de uma programação que vai até o final do mês de novembro para discutir as relações raciais em diversos aspectos e escutar de profissionais que trabalham no Cras e usuários que utilizam os serviços do equipamento sobre suas experiências e opiniões, ações realizadas em alusão ao mês da Consciência Negra.

"A gente se utiliza dessa forma lúdica que é a oficina de turbantes, para falarmos sobre a questão do cabelo crespo que gera muitos preconceitos e discriminações, falamos sobre os tipos de cabelos, as diferenças, mas se utilizando dessa oficina, desses discursos de estética para falar sobre racismo, relações raciais, para assim atingirmos o objetivo que é ampliar, a consciência negra". explicou a gerente de igualdade racial, Thatiana Meneses.

A coordenadora do Cras Benjamim Alves, Iulná Maria de Almeida, destaca a importância de abordar um tema importante através de uma oficina de turbantes com os idosos do SCFV. “É importante até para que eles tenham conhecimento da questão da raça mesmo, a questão da conscientização da pessoa negra. A gente chamou Thati para fazer uma oficina de turbantes, justamente pra trabalhar esse tema, que a gente vem desenvolvendo durante o mês de novembro, o mês da consciência negra e com a questão de confeccionar os turbantes, as idosas ficam mais animadas para desenvolver o trabalho e acabam se abrindo sobre algumas situações que tenham presenciado, e esperamos que eles passem esse conhecimento adquirido no dia de hoje adiante para as famílias, para os filhos, para os netos, pra conscientizar a importância de cor, de raça”, disse.

A professora de história, Cássia Maria dos Santos, que já sofreu com preconceito quando foi realizar uma entrevista de emprego, conta que a luta contra a discriminação por conta de cor, cabelo, pelos "padrões" deve ser constante. "O preconceito está em todo lugar, tanto em relação a cor, como o perfil da pessoa, por eu ser gordinha, por eu ser negra, quando chega em algumas lojas, algumas empresas, pra alguma entrevista, eles mal olham pra gente, não pegam nosso currículo, não observam nada, só dizem saia, a gente se sente praticamente um lixo, um ninguém naquele momento, por isso nossa luta precisa continuar, pra gente conquistar mais espaços e também mais opções de trabalho", finalizou.