Roda de conversa promove escuta qualificada sobre Janeiro Branco no Caps David Capistrano

Saúde
08/01/2024 16h24

Integrando a programação do Janeiro Branco da Prefeitura de Aracaju, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), por meio do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) David Capistrano, localizado no bairro Atalaia, realizou na manhã desta segunda-feira, 8, a Roda de Cidadania, momento que reuniu usuários da unidade para uma conversa sobre protagonismo, bem estar e direitos e deveres dentro do espaço de acolhimento.

A ação foi conduzida pela assistente social da unidade Suzycleia Oliveira que abordou a necessidade de potencializar os cuidados com a saúde mental.

“Durante essa primeira semana do ano, fizemos uma análise do que foi o ano de 2023 e o que esperar de 2024. A tentativa é trazer a proposta do Janeiro Branco de forma mais leve já que, ao longo do ano, lidamos com transtornos, remédios e crises. As pessoas passam pelas coisas e também se esquecem de fazer essa análise e até de pedir ajuda. Se a gente não se organiza e não pensa, tudo afeta a nossa saúde mental”, ressalta a assistente social.

A roda de conversa aconteceu debaixo das árvores frutíferas, na área externa do Caps David Capistrano, substituindo as quatro paredes brancas das salas de consulta e promovendo a escuta qualificada com a profissional e entre os usuários.

O usuário Lenoir dos Santos frequenta o serviço de saúde mental há dez anos em função da depressão. Ele conta que em casa se sente muito sozinho, mas são os encontros e atividades organizadas pelo Caps que o acolhem e fazem sentir-se bem e animado.

“Me sinto sozinho em casa, mas quando tem atividade eu venho porque me sinto bem. Moro com meu irmão, tenho problema de depressão e ansiedade, por isso saio muito pouco, mas faço minhas coisas: lavo, passo, cozinho, etc. Aqui no Caps eu tenho muitos amigos, as pessoas sentem a minha falta quando não venho e eu gosto demais”, relata Lenoir.

Outra usuária que sente os benefícios da roda de conversa a partir da escuta qualificada é Ana Cristina dos Santos. Com diagnóstico de bipolaridade, a rotina de falar e escutar, ajudar e receber ajuda, tem feito a diferença desde que chegou, há dois meses, no Caps David Capistrano.

“Estou passando por uma recuperação emocional e o que eu não tinha, agora tenho, aqui, que são pessoas para eu poder conversar, ajudar e elas também a mim. Conversar com os outros me desabafa e isso acaba transmitindo também ensinamentos. Aqui é o meu refúgio”, conta Ana.