Prefeitura orienta sobre perigos do uso excessivo de telas por crianças e adolescentes

Saúde
01/02/2024 07h01

O mundo moderno, com toda a sua evolução tecnológica, traz consigo os benefícios das ferramentas, mas também o lado negativo do mau uso dos equipamentos disponíveis. Exemplo disto é a utilização excessiva de telas, seja celular, televisão ou computador, principalmente por parte de crianças e adolescentes. Para tanto, a Prefeitura de Aracaju, através da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), destaca os perigos que podem haver naquilo que pode parecer inofensivo, mas que pode comprometer, inclusive, a saúde mental e o desenvolvimento infantil.  

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o uso de telas na infância deve ser restrito. Os menores de 2 anos de idade, por exemplo, não devem ter acesso algum. Entre 2 e 5 anos, a permanência máxima é de uma hora por dia. Entre 6 e 10 anos, o tempo dedicado às telas e aos jogos de videogame não deve ultrapassar 180 minutos por dia. Em ambos os casos, uma hora antes de dormir, é necessária a desconexão de qualquer exposição nesse sentido.

“Não é recomendado que crianças de até 2 anos de idade tenham acesso a telas porque esse é o momento em que ela está desenvolvendo suas habilidades de percepção do meio ambiente e habilidades sociais, e o uso de telas pode prejudicar na socialização e na aquisição da linguagem das crianças”, explica a psicóloga e coordenadora das Referências em Saúde Mental e do Serviço de Apoio Psicológico (Sapsi), Lidiane Rosa.

Quando ultrapassados os limites aconselháveis de uso de tela, os efeitos nas crianças e adolescentes, a curto, médio e longo prazos, podem comprometer desde as atividades escolares até o convívio social.  Segundo a psicóloga, dentre os principais comprometimentos são observados isolamento, irritabilidade, ansiedade, depressão, déficit de atenção e hiperatividade, alterações do sono, mudanças alimentares, dependência digital, uso problemático das mídias interativas, sedentarismo e baixa autoestima. 

“Os pais ou responsáveis devem estabelecer ambientes onde o celular não pode ser usado, delimitar o tempo de uso das telas e estimular as crianças e adolescentes a fazerem atividades ao ar livre, atividades que incentivem a criatividade e o desenvolvimento cognitivo como desenho e pintura. Brincar com outras crianças e adolescentes também é fundamental para estimular o desenvolvimento dessas habilidades”, reforça Lidiane.