Prefeitura utiliza musicoterapia no cuidado com idosos acolhidos na Casa Lar Nalde Barbosa

Assistência Social e Cidadania
06/02/2024 10h52

Com o objetivo de estimular as funções cognitivas, aprimorar a socialização e ofertar um ambiente harmonioso, a Secretaria Municipal da Assistência Social, por meio da Casa Lar Nalde Barbosa, equipamento de Alta Complexidade da Proteção Social Especial (PSE) do Sistema Único de Assistência Social (Suas), promove para os idosos acolhidos na unidade atividade de musicoterapia, que são realizadas todas as quintas-feiras, com a participação de músicos e profissionais especializados.

A Casa Lar conta com dez vagas de acolhimento, seguindo tipificação do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, da Família e Combate à Fome (MDS). A unidade oferta alimentação, medicamentos, banho, dentre outros serviços. O dia a dia dos moradores de uma Casa Lar conta com trabalhos manuais, ações culturais, recreação, lazer, passeios externos e atividades físicas.

De acordo com a coordenadora do equipamento, Maria Cecília Moraes, a música proporciona diversos benefícios para a terceira idade e foi com o objetivo de ofertar melhorias para os acolhidos que o projeto foi instituído na Casa Lar e é realizado de forma semanal.

“Pesquisas mostram que música libera substâncias, como a endorfina, capaz de proporcionar alegria, paz, felicidade. Isso é muito bom. Além disso, ajuda na saúde física e mental dos idosos, aliviando as dores, os estresses, a ansiedade, o Alzheimer, o AVC, tudo isso que na terceira idade é muito comum. Pensando nisso tudo, a gente criou esse projeto da musicalização, realizado todas as quintas-feiras. Temos também, e isso é muito bom, uma parceria com o cantor Gabriel Diau, que abraçou esse projeto com muito amor e maestria. Ele entendeu o objetivo da ação que a gente da Casa Lar estava desenvolvendo junto aos idosos”, destaca a coordenadora.

Cecília explica que durante as atividades os acolhidos costumam interagir bastante. “Quando o músico chega, ele senta, fala com eles e começa a cantar. Aí um pede uma música, o outro pede outra música. Aí ele vai tocando o que pedem. É assim, sempre fazendo essa conexão e eles amam isso”, completa, explicando que se trata de uma forma de terapia que estimula o desenvolvimento dos idosos em situação de acolhimento.

Para o músico Gabriel Diau, além de ser um momento muito importante para os idosos, a atividade se torna um aprendizado também para quem está compartilhando o momento com eles. “Antes de mais nada, é uma coisa impagável. Renova a gente, faz a gente aprender algumas coisas, entender também, principalmente sobre a vida, sobre a valorização das pessoas, a valorização da vida da gente como um todo. As pessoas envelhecem, tem pessoas que ficam em situação de abandono, infelizmente. Então a gente vem para tentar renovar a esperança dessas pessoas, tentar mudar a rotina delas, deixar todo mundo feliz”, diz.

Na oportunidade, o músico agradeceu pela oportunidade da participação no projeto, e relatou sobre conhecer os gostos de cada acolhido, atendendo aos pedidos de forma especial. “Cada um tem um gosto de música especial, então a gente tenta sempre trazer um pouquinho de tudo para eles. Os cuidadores também fazem parte disso, eles me ajudam muito nessa parte de troca de informação, de repertório, me dando as referências, então cada um tem um jeitinho de a gente trabalhar, de conversar, é uma experiência diferente, que não tem preço”, conclui.

Para Jorge Luiz de Oliveira Almeida, 63, que se encontra em acolhimento na Casa Lar, o momento é bastante especial, pois a partir das canções ele consegue relembrar coisas importantes do passado. “O coração bate mais forte e a gente se sente muito feliz”, conta.

Musicoterapia
A musicoterapia é um método terapêutico com a utilização de músicas com vozes ou apenas instrumental, e geralmente é utilizada no auxílio de tratamentos de algumas condições de saúde, entre elas ansiedade, estresse, Alzheimer, AVC, entre outras.

Entre os seus principais benefícios estão a melhora no humor, na concentração, na memória, nos movimentos e o raciocínio lógico, pois a música afeta de forma direta a região do cérebro que é responsável pelas emoções, provocando nos ouvintes sensações de motivação e afetividade.