Colaboradores do Centro Dia participam de oficina sobre cuidados da saúde mental

Assistência Social e Cidadania
06/02/2024 16h37

Com o tema “Para cuidar bem dos outros, precisamos cuidar bem de nós mesmos”, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Escola de Governo e Administração Pública (Esgap), órgão vinculado a Secretaria Municipal do Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplog), promoveu nesta terça-feira, 6, uma oficina com colaboradores do Centro de Referência Especializado para Pessoas com Deficiência (Centro Dia) da capital, equipamento de média complexidade da Proteção Social Especial (PSE) da Secretaria Municipal da Assistência Social, com o objetivo de promover o bem-estar psicossocial e a saúde mental no ambiente de trabalho.

Com debates e dinâmicas entre os colaboradores e a palestrante, foi realizada uma troca de conhecimentos ampla, visando a melhoria das ações dos colaboradores com o cuidado de si mesmo para que possam desenvolver um atendimento e cuidado ainda maior com os usuários que diariamente utilizam dos serviços do Centro Dia.

Para o diretor da Esgap, Bosco Rollemberg, as oficinas fazem parte de um planejamento estratégico da gestão municipal que, além da capacitação dos servidores, visa o bem-estar em torno de uma cidade socialmente justa em desenvolvimento sustentável e em torno de uma gestão criativa, inovadora e de excelência.

“Nos preocupamos com o bem-estar psicossocial e a saúde mental dos servidores da Prefeitura de Aracaju. O servidor municipal é o cuidador das pessoas habitantes do município de Aracaju. Então, essa experiência acumulada da área de saúde, da área de gestão, do cuidado com os cuidadores, é uma marca da Esgap desde 2017. As nossas capacitações, oficinas e palestras vêm trilhando esses temas, o bem-estar no ambiente de trabalho, resolução de conflitos, inteligência emocional, saúde mental no trabalho e de outros temas relacionados com essa temática, é uma oficina que traz muitos benefícios”, afirmou.

“É um serviço que a gente costuma falar que, dentro das nossas condições, oferecemos a excelência e não tem como a gente tratar bem de pessoas que dependem da nossa ajuda para a mobilidade, para a autonomia se a gente não estiver bem, então foi importante a proposta da Esgap em realizar essa oficina com uma turma fechada, própria para o Centro Dia. O exercício laboral na nossa unidade é bastante cansativo, isso demanda bastante dos profissionais e, principalmente, da mente, a gente passou agora o Janeiro Branco, que é o mês da conscientização da saúde mental e emocional, mas que não só em janeiro que devemos cuidar da mente, isso é um ato contínuo e a gente está aqui para realmente ouvir como podemos melhorar isso, fazer essa introspecção e trazer essa melhoria para nós mesmos”, explicou Eliezer Abreu, coordenador do Centro Dia.

A educadora social da unidade, Maria Betânia Cardoso, conta que esses momentos de autocuidado são primordiais para os profissionais, já que o trabalho exige um esforço maior do psicológico. “Nós trabalhamos com um público que demanda um esforço emocional e psicológico imenso. Justamente por isso, essa atenção tem que ser voltada para o cuidador. Porque quando o cuidador não tem essa atenção, ele não pode oferecer o serviço como espera. O nosso serviço é um serviço de convivência, de cuidados pessoais, de fortalecimento de vínculos, e para isso nós temos que estar bem para poder passar para esse usuário o que ele precisa”, disse.

A psicóloga e palestrante, Sônia Carvalho, destaca que descobrir quem você é, fazer o que o que gosta, mesmo que às vezes, não seja o seu ideal,  ter tempo para fazer o que gosta, o que lhe dá prazer, isso ajuda a estar bem com o emocional e o psicológico para a luta diária.

“Esse tema, ele é muito interessante, porque durante muito tempo se pensou que cuidar de si próprio era um ato de egoísmo. Você tinha que dar o máximo o tempo todo, mas ao longo do tempo se foi percebendo que pessoas esgotadas não têm o que oferecer. Vivemos numa sociedade onde você olha o instagram, você não vê tristeza, está todo mundo muito feliz, muito bem, e a gente sabe que isso não é a realidade, ou seja, nós vivemos uma inautenticidade, somos inautênticos o tempo todo. É pertinente as pessoas entenderem que necessitam tirar esse tempo para elas, para recarregar ‘as suas próprias baterias’, e possam oferecer para aqueles que estão dependendo dele ou que estão precisando dos seus cuidados”, conta a psicóloga.