Trabalho diário dos agentes de endemias é fundamental no combate ao Aedes aegypti

Saúde
09/02/2024 07h01

Por conta do tempo mais quente e chuvas mais intensas, o início do ano é marcado pelo aumento do número de casos notificados das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti: dengue, zika e chikungunya. Com isso, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), reforça a necessidade de a população abrir a porta de casa e receber os agentes comunitários de endemias, além de redobrar a limpeza do quintal e a atenção com água parada. 

Nesse período do ano, cinco dias é o tempo suficiente para a fêmea do mosquito depositar seus ovos em um recipiente com água limpa e parada, e estes se transformarem em mosquitos adultos. O intenso calor e as chuvas aceleram o desenvolvimento do mosquito, consequentemente, a proliferação pelas localidades onde constam entulho, reservatórios, pratinhos de plantas e outros itens com água parada. 

A secretária municipal da Saúde, Waneska Barboza, segue em alerta monitorando os casos notificados das arboviroses e também o trabalho diário dos agentes comunitários de endemias. 

“Cerca de 80% dos focos encontrados na nossa cidade estão em imóveis residenciais habitados. Esse dado demonstra que é fundamental que a população siga cumprindo com o dever de cidadão ao monitorar sempre os quintais, principalmente depois de uma chuva. Para isso, temos o nosso Programa Municipal de Combate ao Aedes aegypti que conta com os agentes de combate às endemias em visitas domiciliares todos os dias. É um trabalho incansável, de formiguinha, indo de casa em casa ensinando boas práticas para evitar o adoecimento da nossa população e orientando a respeito dos sintomas de cada uma das doenças transmitidas pelo Aedes”, destaca Waneska.

Esses profissionais são capacitados para a realização das visitas domiciliares e para vistoria, como explica a diretora de Vigilância em Saúde, Taise Cavalcante. “Os agentes de combate às endemias são profissionais de saúde capacitados para a vistoria de depósitos, terrenos baldios e estabelecimentos comerciais para buscar focos endêmicos, inspeção, cuidados de caixas d'água, calhas e telhados, com o objetivo de prevenir e controlar doenças como dengue, zika e chikungunya. É muito importante a realização e orientação desse trabalho para que possa evitar surtos e epidemias dessas doenças”, ressalta Taise.

As visitas domiciliares por parte dos agentes de endemias ocorrem diariamente e os locais habitados em que encontram-se fechados, no momento da visita, são visitados em outro momento para garantir a efetividade do serviço. 

A supervisora de Endemias, Edjeane Gomes, explica que a vizinhança é uma aliada na comunicação com o proprietário do imóvel. “Quando a casa está fechada, a gente procura com o vizinho o contato do proprietário, que em alguns casos tem a chave e permite a nossa entrada para a inspeção no quintal e em locais que possivelmente tem água limpa e parada. Ocorre, também, de deixar uma notificação para casa fechada na caixa dos Correios, assim o morador pode entrar em contato e agendar a visita com o agente de endemias”, relata Edjeane. 

A inspeção do agente não se resume ao quintal e locais abertos. Durante a visita domiciliar o trabalho de educação em saúde é indispensável e, por vezes, os profissionais apresentam também fotos do mosquito Aedes aegypti para que possam compreender suas características e diferenças em relação à muriçoca, por exemplo. 

“Ao conversar com o morador, inicialmente procuramos saber se existe algum depósito na residência que acumula água, explicamos como é realizado a eliminação do criadouro, apresentamos os perigos e as consequências desses criadouros e, por fim, orientamos a respeito dos sintomas que indicam a possibilidade da dengue, zika ou chikungunya”, detalha a supervisora.