Serviço de monitoramento das arboviroses ajuda Prefeitura no cuidado à população

Saúde
19/02/2024 14h00

O Ministério da Saúde prevê que, até o final do ano, o Brasil contabilize mais de 4 milhões de casos de dengue, doença transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti. A zika e a chikungunya também ocorrem após picada do mosquito transmissor e, à frente do controle e combate da proliferação do Aedes na capital, a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) acolhe e monitora a população acometida por essas arboviroses.

O MonitorAju é um serviço da gestão municipal que dá suporte aos usuários com sintomas dessas doenças e outros agravos de saúde. O monitoramento destas pessoas acontece via contato telefônico, pelo número 3304 3534, que realiza ligações para avaliação das queixas de sinais e sintomas da dengue, zika e chikungunya. O contato mantido entre a equipe de enfermeiros, médicos e técnicos de enfermagem que efetuam as ligações inicia quando o paciente informou a suspeita a uma Unidade de Saúde da Família (USF) e já aguarda pelo resultado do exame enviado para análise do Laboratório Central de Saúde Pública de Sergipe (Lacen).

A coordenadora do MonitorAju, Elaine Arcanjo, explica que o acompanhamento se dá pela análise dos sinais e sintomas apresentados pelo paciente durante os sete primeiros dias  da doença. “Este é o tempo crítico onde as arboviroses podem evoluir e, caso não haja medidas rápidas para identificação dos sinais de alarme, pode levar ao óbito. Considerando isso, o MonitorAju recebe da área técnica os dados desse paciente suspeito (nome completo, idade, telefone para contato, dentre outras informações necessárias) para que seja iniciado o monitoramento. O serviço acompanha diariamente o estado de saúde desses usuários por contato telefônico, por isso é tão importante manter os dados cadastrais nas unidades de saúde sempre atualizados, avaliando as queixas de sinais e sintomas, assim como também a presença de comorbidades”, relata.

Nesse contexto, dentre as diversas orientações sugeridas pelo MonitorAju, a hidratação é uma delas, pois é um fator crucial para a melhora do caso, bem como a alimentação, que alerta sobre sinais de alarme que possam surgir e a efetiva busca por atendimento médico presencial nessas situações. O serviço também investiga a presença de mais pessoas adoecidas na residência do usuário e que estejam com sintomas suspeitos de arboviroses, além de informar a necessidade de procurar atendimento médico o quanto antes para avaliação. Em Aracaju, todas as 45 Unidades de Saúde da Família (USFs) estão aptas para o acolhimento das pessoas com sinais e sintomas leves das arboviroses.

Sintomas
Os principais sintomas são febre alta, dor no corpo e articulações, dor atrás dos olhos, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo. Já as pessoas que apresentam os sinais de alarme como dor abdominal intensa e contínua, náuseas, vômitos persistentes, qualquer tipo de sangramento (pele, mucosas, digestivo, ginecológico, urinário, etc), tontura, fraqueza, desmaio, dentre outros, considerados sintomas moderados e graves, devem se deslocar para uma unidade hospital ou para os Hospitais Municipais Fernando Franco, Nestor Piva e o Hospital de Urgências de Sergipe João Alves (Huse).

Acompanhamento
O trabalho sistemático das informações sobre o estado de saúde dos aracajuanos trata-se de uma ferramenta web criada pela Sala de Situação, setor da Diretoria de Vigilância em Saúde da SMS. Nela, os dados são sincronizados automaticamente, proporcionando à Vigilância Epidemiológica acompanhar em tempo real, mostrando o histórico de monitoramento, sinais ou sintomas que indiquem se o paciente agravou e se ele foi orientado a procurar um hospital. Porém, o monitoramento de um paciente só ocorre mediante o aceite, pois ele pode informar que não quer ser monitorado, cuja informação é registrada no seu histórico para que novas ligações não ocorram.