Prefeitura realiza oficinas de teatro, música e artes marciais nos Cras

Agência Aracaju de Notícias
28/02/2024 11h50

A Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria da Assistência Social, realiza diversas ações de integração, visando o desenvolvimento e o despertar das habilidades das crianças, adolescentes e dos idosos que fazem parte dos Centros de Referência da Assistência Social (Cras). Semanalmente, o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos  (SCFV) desenvolve oficinas de música, teatro e artes, honrando o compromisso de fortalecer as políticas públicas e intersetoriais dentro da comunidade.

 
Integrado aos 17 Cras da capital, o SCFV é oferta contínua da política socioassistencial. Realizado pelos educadores sociais, o planejamento depende da situação de cada comunidade, a partir do que os educadores percebem dos usuários  e pensando em atividades que trazem ganhos para os assistidos.

O gerente do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV),  José Alves Neto, explica que esse trabalho vem para fomentar o desenvolvimento de potencialidades, de pertencimento e de autonomia, focado na defesa e na afirmação dos direitos humanos, objetivando a erradicação da vulnerabilidade social.

“As oficinas têm uma função vital dentro do serviço de convivência, porque elas servem justamente para trazer à tona todas as  habilidades e despertar potencialidades muitas vezes ocultas nas crianças, adolescentes e idosos. As oficinas impactam positivamente, tanto no âmbito da expressão da criatividade, através da dança, da música e do teatro, quanto no esportivo e cultural. Tudo isso torna o serviço mais atrativo e percebemos o quanto todos eles se envolvem e participam de tudo que o serviço oferece”, completa José.

A coordenadora do Cras Madre Tereza de Calcutá, Aldrey Karine de Oliveira, diz que as oficinas são o ponto crucial para ampliar a gama de possibilidades de intervenção em relação aos assistidos pelo equipamento. “Todas as atividades lúdicas que trabalhamos com eles focam no desenvolvimento e apresenta novas formas de se relacionar, evitando que as crianças se tornem violentas ou agressivas. A oficina de jiu jitsu, por exemplo, ensina sobre respeitar as regras e ter disciplina, além de mostrar técnicas de autodefesa. Tudo isso abre novas possibilidades e agregam no desenvolvimento físico e cognitivo”, afirma.

Desenvolvimento e lazer

O oficineiro de Jiu Jitsu do Cras Madre Tereza de Calcutá, localizado no bairro Jabotiana, Anderson Oliveira, conta que as artes marciais impactam positivamente no desenvolvimento das crianças e adolescentes. “O jiu jitsu traz benefícios que agregam no cotidiano e na vivência social. Nós não ensinamos apenas a prática esportiva, mas também sobre cooperação, trabalho em equipe, disciplina e através deste trabalho chegamos a ter várias surpresas boas, como ver um ajudando o outro sem a nossa solicitação, e isso mostra os princípios que eles estão adquirindo. Além de benefícios físicos, o esporte traz benefícios sociais”, declara.

Já o oficineiro de música do Cras Jardim Esperança, Remison Oliveira Cruz, diz que vem recebendo um resultado muito positivo dos seus alunos. “A música tem um papel muito importante na vida das crianças, trazendo disciplina, ajudando no comportamento, no desenvolvimento cognitivo, na memória, na relação familiar e no trabalho coletivo, além de ser uma forma de lazer, entretenimento e diversão. A gestão tem contribuído bastante nessa área”, afirma.

Aluno de jiu jitsu do Cras Madre Tereza de Calcutá, Renê Júlio Tenório de Assis, 9 anos, conta que gosta de participar de várias atividades, principalmente das artes marciais. “Eu entrei aqui justamente para participar de tudo. Minha avó sempre me incentiva a participar, ela ficou sabendo das atividades através de algumas amigas que contaram, aí me trouxe aqui. Eu já aprendi muita coisa no jiu jitsu, sei que não deve ser usado de qualquer forma, só quando for se defender e depois chamar um adulto”, detalha.

Aluno de música do Cras Jardim Esperança, Estevão Samuel  dos Santos, 12 anos, diz que “a música é vida”. “Com a música, nós podemos fazer vários trabalhos e se divertir. Eu gosto muito das aulas e do professor, ele é legal e sempre traz novidades para a gente, com brincadeiras e novidades. Já aprendi várias notas da flauta doce e também algumas melodias”, explica.

A aposentada Maria Augusta dos Santos, que faz aula de teatro no Cras Jardim Esperança, diz que o dia da aula é seu dia preferido da semana. “Já tem muitos anos que faço parte do grupo e eu gosto muito, porque isso tem me animado e incentivado a continuar. Geralmente, as pessoas idosas tendem a ficarem mais reclusas e acabam se entristecendo dentro de casa, mas esse grupo tem ajudado nessa área”, declara.