Prefeitura realiza Dia D de combate ao Aedes e mobiliza força-tarefa

Neste sábado, 2, a Prefeitura de Aracaju realizou o Dia D de combate ao Aedes, numa ação intersetorial, com as equipes das secretarias municipais da Saúde (SMS) e da Defesa Social e Cidadania (Semdec), e da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), que estiveram reunidas em um mutirão, no bairro São Conrado. Ao todo, 468 pontos foram visitados, entre residências, comércios e terrenos. Além de se somar à mobilização do Ministério da Saúde, com o Dia D de combate ao Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya, a Prefeitura segue com o plano de ações contra o mosquito.

  

Durante este sábado, foram realizadas a identificação e eliminação do mosquito, através de serviços educativos, varrição, capinação, roçagem mecanizada e coleta de resíduos descartados incorretamente em terrenos baldios e vias públicas da localidade. Ao todo, 50 agentes de endemias atuaram neste dia de intensificação no combate à dengue. Na força-tarefa, a Semdec disponibilizou um drone, e a Emsurb, como de costume, atuou com os agentes de limpeza. Foram encontrados 10 focos de Aedes, devidamente eliminados, e outros 48 possíveis focos foram descartados. 

De acordo com a secretária municipal da Saúde, Waneska Barboza, Aracaju já realiza um trabalho rotineiro de mutirões, em três sábados de cada mês, além de ter o trabalho diário dos agentes de endemias, de casa em casa, percorrendo todos os bairros da cidade. 

“Hoje, é um dia de conscientização para que cada morador possa destinar um tempo para fiscalizar, dentro da sua residência ou do seu local de trabalho, e combater ao mosquito, sobretudo, para prevenir, por isso, nos unimos neste Dia D, com a intensificação das ações. O bairro São Conrado foi escolhido de maneira estratégica, pois, desde agosto do ano passado, temos intensificado essa coleta de exames e, por isso, conseguimos identificar três vírus aqui no São Conrado, tipo 1 e tipo 2 de dengue, e um de chikungunya. Portanto, precisamos ter muito cuidado e que a população colabore com as ações de combate. Esse é um dia de dar as mãos e, todos juntos, sociedade e poder público, para que a gente consiga continuar fazendo o controle na nossa capital”, destaca a secretária.

A gestora destaca que o Dia D, além contribuir para a mobilização nacional, está inserido no plano de ação contra o Aedes, que conta, também, entre outras diversas medidas, com aplicação de inseticida residual e compra de 400 armadilhas de Ovitrampas. “O primeiro se refere a um inseticida que, após a aplicação, tem um efeito de cerca de seis meses. Já a segunda, é uma armadilha simples, com um vaso, preenchido com água em que é adicionada uma substância atrativa para o mosquito que fica posicionada em locais estratégicos”, ressalta.

O presidente da Emsurb, Bruno Moraes, acrescenta que a parceria com a SMS é antiga nas ações de combate ao Aedes e toda equipe da Emsurb se soma pela importância do trabalho. “Limpeza é totalmente atrelada à saúde pública e, dentro das ações planejadas de forma prévia pela SMS, nos unimos em um grande olhar, no intuito de ampliar as ações de combate aos riscos e possibilidade de proliferação do Aedes, que muitas vezes podem ser atribuídos a um descarte irregular do lixo. Com isso, a Emsurb, através das suas atribuições, atua no combate a esses riscos. Estamos fazendo um pente fino ainda maior nos terrenos, intensificaremos o Cata-Treco e sensibilizaremos a população”, afirma Bruno.

Novas tecnologias de monitoramento e controle também estão sendo inseridas. No mutirão, foi disponibilizado um drone para que fosse feito um mapeamento da região. “Através das imagens aéreas proporcionadas com o drone, são verificados locais com acumulo de água que, com as inspeções em terra, não seria possível visualizar. Com base nestas imagens, o trabalho passa a ser otimizado porque realizamos a ação nos lugares que estão mais necessitados. Usando a tecnologia para otimizar os recursos e amplificar os resultados”, ressalta o coordenador da Defesa Civil de Aracaju, Robson Rabelo.

De acordo com o gerente do Programa Municipal de Combate ao Aedes (PMCA), Jeferson Santana, é preciso que as pessoas observem suas casas, seus quintais e que, se tiver a necessidade de armazenar água em lavanderias, caixas d'água e toneis, que os recipientes sejam muito bem tampados e que seja mantida uma rotina de limpeza pelo menos uma vez por semana.

“O mosquito se desenvolve, principalmente, em locais com água parada e limpa. Então, é necessário que a população redobre a atenção e evite que a água fique parada porque ali pode se tornar um possível criadouro, um foco de mosquito. Nesse período do ano, cinco dias é o tempo suficiente para que a fêmea do mosquito deposite seus ovos em um recipiente com água limpa e parada, e estes se transformarem em mosquitos adultos mais rápido”, reforça Jeferson.

Assim como o poder público, a população deve estar na linha de frente no combate ao mosquito e esse recado a aposentada Fátima Maria Feitosa, moradora do São Conrado há mais de 15 anos, já entendeu bem. “Na minha casa, estou atenta sempre e chamo a atenção dos vizinhos também porque não adianta eu cuidar da minha casa e eles não cuidarem das deles. Os agentes de endemias sempre fiscalizam o bairro. Mas esta intensificação é de extrema importância”, relata Fátima.

No caso de dona Maria dos Santos, a preocupação é ainda maior já que ela teve dengue por duas vezes. “Vejo muita gente que não se preocupa e isso é muito sério. É um trabalho importante, não apenas porque mantém nosso bairro protegido do mosquito, mas porque o deixa mais limpo e seguro de outras doenças. O que falta, infelizmente, é a consciência de alguns moradores”, afirma Maria.