Escola Tech: software pedagógicos potencializam aprendizagem na rede municipal de ensino

Educação
11/03/2024 15h20

Com a distribuição de notebooks aos alunos da rede municipal, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Educação (Semed), tem trabalhado para potencializar os recursos ofertados aos estudantes através dos aparelhos. O objetivo é ofertar diversas opções de ferramentas que auxiliem na qualidade de aprendizado através da tecnologia. Com este fim, os Departamentos de Tecnologia da Informação (DTI) e de Educação Básica (DEB) têm alinhado suas ações.


A distribuição dos notebooks é uma das ações do programa Escola Tech, iniciativa da Prefeitura para modernizar e digitalizar as unidades de ensino do município. Com isso, os estudantes e suas famílias têm acesso à internet e a diversos conteúdos educacionais, inclusive, alocados pela DTI da Semed. Cerca de 25 mil notebooks estão sendo entregues a todos os alunos do ensino fundamental e da Educação de Jovens e Adultos (EJA) da rede.

Diretor do DTI/Semed, Caio Davinis afirma que a Semed ainda está na fase de construção de projetos tecnológicos para os notebooks, já que o público ainda está se adaptando a esses equipamentos, aprendendo o básico, para igualar o nível de entendimento de todos em relação a como usá-los. Ele explica, por exemplo, que os alunos estão aprendendo a ligar, a fazer o login no computador, entendendo o que é porta e conexão, os cuidados que têm que ter, até o momento que finalmente tenham acesso a parte de software e às ferramentas pedagógicas que já foram padronizadas.

"Todo esse processo é uma trilha de aprendizado que o usuário ainda tem que se adaptar. Nossa estratégia está sendo, também, analisar e decidir o que vai dando certo e o que traz impacto ou não. Em paralelo, a gente tá estruturando internamente, na Semed, informações da nossa própria equipe administrativa envolvendo o DTI, o DEB e o Centro de Aperfeiçoamento e Formação Continuada da Educação (Ceafe), para construirmos uma equipe de replicadores internos que possam repassar, posteriormente, as informações necessárias para os professores, auxiliando nesta dinâmica de interação", explica Caio Davinis.

Como professora do 5º ano na Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Izabel Cristina Santana, localizada no Centro, Adriane de Andrade conta que a chegada nos notebooks veio somar com as ferramentas utilizadas em sala de aula. "Com ele posso trabalhar todas as disciplinas, demonstrando de forma mais ampla o conteúdo para as crianças. Eles acessam, por exemplo, e podem visualizar as imagens ou mais informações sobre aquilo que está sendo ensinado. Claro que precisam de direcionamento, porque a internet é um mundo aberto, mas está sendo muito útil para as aulas", conta.

Assessora técnica da Coordenadoria de Ensino Fundamental (Coef/ DEB Semed), Jamilly Menezes ressalta que a inserção de ferramentas virtuais têm o intuito de unir a tecnologia à aprendizagem. Segundo ela, a proposta está de acordo com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento normativo que orienta as ações educacionais da educação básica.

 "É preciso que as escolas proporcionem às crianças, jovens e adultos, possibilidades de contato com as tecnologias. Muitos estudantes ainda não têm proximidade com aparelhos como computadores e notebooks, então é preciso democratizar esse acesso. Isso também resulta em mais motivação para todos e engajar, ainda mais, os alunos, além de facilitar que eles aprendam e assimilem melhor o conteúdo, tornando mais efetiva a aprendizagem", enfatiza Jamilly Menezes.

Sites didáticos
 
Ao acessar os notebooks, os alunos têm acesso a programas e recursos que lhes possibilita a interação com o professor e com os conteúdos em sala de aula, além de dinamizar a pesquisa pedagógica.

Até o momento, os notebooks com programas instalados, como o BlueEdu; e também sites de interações didáticas ofertados na barra de favoritos dos computadores: o EduEdu - Alfabetização sem dificuldades, que aborda a disciplina Português através de jogos, músicas e textos; o Khan Academy, que contém questões de Matemática, Português e Ciências, identificando as principais dificuldades do aluno; o Luz do Saber, que estimula a oralidade, leitura e escrita através de atividades divertidas, como quebra-cabeça, bingo, criação de gibis e jornais, entre outras, e o ScratchJr, que permite a criação de programas de computador.

Aluna da professora Adriane, da Emef Izabel Cristina, Ana Laura Oliveira conta que viu no manual, logo que recebeu o notebook, que poderia criar jogos e ficou bastante animada com a possibilidade de aprender. Segundo ela, isso lhe despertou a possibilidade futura de estudar algo ligado à computação.

"Acho que tudo que está no nosso notebook vai nos ajudar no raciocínio, para entendermos os conteúdos melhor e de forma mais rápida. É uma maneira mais legal de aprender e nos deixa mais interessados em estudar, em irmos para a aula. É fácil de mexer e eu estou muito feliz com essa novidade. Estou pesquisando muito nos meus deveres de casa", declara.

O aluno Samuel Davi Santos, 4º ano na Emef João Oliva Alves, no bairro 17 de Março, fala que a primeira coisa que fez assim que pegou o notebook foi acessar o EduEdu. "Meu irmão instalou e eu fiquei muito curioso em explorar. Fiquei jogando bastante, aprendi sobre contas e vi muito sobre Matemática, que eu gosto. Os computadores ajudam muito nas nossas pesquisas e para a gente aprender de um jeito bem legal", afirma.

BlueEdu

Em cada notebook está presente o programa BlueEdu, que promove interação entre notebooks disponibilizados aos professores e os alunos. Com ele, os docentes poderão, por exemplo, bloquear o acesso a games por parte do estudante, enquanto estiver em sala de aula. Será permitido, também, enviar links aos estudantes e ter acesso a atividades pedagógicas dos alunos.

"Dentro desse programa temos o BlueMonitor e BlueLab. O primeiro aborda a parte gerencial, onde a gente, do setor, controla o equipamento remotamente enquanto gestão e técnica. Já o BlueLab traz a parte de gestão da aula, que é monitorada pelo professor. Iremos promover uma formação, na próxima quarta, 13, com gestores do BlueEdu, para que nós, o DEB e o Ceafe possamos entender melhor como o software funciona e o que pode ser realizado a partir dele", relata Fábio Jânio dos Santos, gerente de projetos do DTI.