Uma das estratégias adotadas pela Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), no combate ao mosquito Aedes aegypti são as visitas noturnas dos agentes de endemias às residências, ação que faz parte da campanha “Aracaju contra a Dengue”. Desde o dia 12 de março, nas terças e quintas-feiras as equipes saem para execução de um cronograma pré-estabelecido, no entanto, na primeira semana dos trabalhos, os agentes encontraram resistência em alguns domicílios.
Nos dias 12 e 14 de março, os agentes concentraram a atividade em um condomínio no bairro Aruana e, de acordo com o gerente do Programa Municipal de Combate ao Aedes (PMCA), Jeferson Santana, antes de irem ao local, foi realizada uma conversa prévia com o síndico para que os moradores fossem sensibilizados e orientados a deixarem os agentes adentrar as casas.
“A ideia das visitas noturnas surgiu da dificuldade de encontrar moradores nos imóveis durante o dia, o que prejudicava o trabalho de combate ao Aedes. Na primeira semana de ações noturnas, nos concentramos nesse condomínio onde foram vistoriados 132 imóveis e encontrados 25 focos do mosquito nos dois dias de ação, sendo que, ainda tivemos dificuldade em entrar em algumas casas. Infelizmente, existem alguns obstáculos no acesso a condomínios particulares, tanto de casas, quanto de apartamentos”, frisa Jeferson.
Conforme o gerente do programa, estes imóveis costumam ser mais burocráticos, principalmente os de padrão aquisitivo mais elevado. “Essa dificuldade na visita impossibilita que nossos agentes possam realizar esse trabalho tão importante, que é o de identificação e eliminação dos focos do mosquito nas áreas comuns dos imóveis”, ressalta.
Fluxo e ação das visitas noturnas
Os imóveis que forem encontrados fechados durante o dia são registrados pelos agentes e contactados para agendamento. “A equipe da SMS entra em contato com o síndico, para que seja agendado dia e horário para a visita noturna dos agentes, que são divididos em duas equipes, todos fardados e com crachá de identificação, que confirmam que são trabalhadores da Saúde de Aracaju”, detalha.
Durante as visitas, os agentes inspecionaram os principais criadouros do mosquito, e o que mais eles encontram são focos nas calhas dos telhados dos imóveis, principalmente nos condomínios de casa.
“Nas áreas comuns dos condomínios são verificados os ralos expostos às chuvas, as caixas de drenagem pluviais e da casa de bomba quando existe piscina. Os principais criadouros são locais e objetos muito comuns no dia a dia da família e dos condôminos, já que, para o desenvolvimento do Aedes, basta existir qualquer espaço que acumule água parada, a exemplo de lavanderia, tonel, caixa d’água, vaso, prato de planta, entulho e resíduos sólidos. Caso necessário, é realizada a aplicação dos larvicidas”, complementa Jeferson.
