39° Corrida Cidade de Aracaju: percurso de 24 km motiva atletas pelo desafio e tradicionalidade

Agência Aracaju de Notícias
19/03/2024 10h34

A corrida é uma prática esportiva bastante antiga que tem tomado as ruas das cidades e o coração das pessoas. Cada um que ingressa nesse universo em busca dos diversos benefícios físicos e mentais, tem um motivo e uma história de superação única. Muitos corredores buscam novos desafios, e a Corrida Cidade de Aracaju, organizada pela Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Juventude e do Esporte (Sejesp), que ocorre no dia 23 de março, se destaca pelo famoso percurso dos 24 km, com largada do centro histórico de São Cristóvão, e chegada na capital.

A Corrida Cidade de Aracaju chega a sua 39ª edição esse ano com um recorde de público, nove mil inscritos, tornando-se a maior corrida de rua do Norte e Nordeste. Além dos 24 km, a competição conta com os trajetos de 10 km e 5 km, abrangendo todos os tipos de corredores, desde profissionais a amadores. Essa competição é um dos eventos mais aguardados da programação de aniversário da capital, que em 2024 completa 169 anos de história.

O maior percurso, de 24 km, simboliza a passagem da antiga capital de Sergipe (São Cristóvão), para Aracaju. O secretário Municipal da Juventude e do Esporte, Sérgio Thiessen, destaca que a corrida, reconhecida como uma das principais do calendário do corredor, ganha destaque por ser bem planejada, bastante tradicional e muito desafiadora.

“Principalmente para quem vai correr 24 km, o percurso é bem complicado e diferenciado. Essa é uma corrida que tem três cenários bem atrativos. No começo, o corredor sai de uma cidade histórica, com aquele ambiente todo bucólico, resgatando a cultura local, e depois passa por uma extensa zona rural, respirando verde, vendo a natureza e então chega à capital mais bonita do Brasil. Então são três ambientes muito atraentes com um percurso bem desafiador”, afirma o secretário.

Cada corredor tem uma história única e os desafios enfrentados têm diferentes significados. Para Rosalvo Rocha, de 63 anos, essa corrida é sinônimo de superação. “Eu passei por um período complicado. Aos 59 anos eu sofri um infarto, e essa corrida representa para mim a superação de um momento difícil, do qual sobrevivi graças ao atletismo. Vou correr 24 km porque é um desafio, muitos consideram essa a corrida mais difícil do circuito de Aracaju, e é um desafio que estou treinando para superar’, destaca.

A técnica de enfermagem Michele Santos, que participa da corrida pela segunda vez, diz que o percurso é o que a incentiva. “Eu sempre ouvi falar que era um percurso muito bom, no ano passado eu decidi me desafiar e fazer os 24 km, e neste ano também. Eu não tenho a pretensão de chegar ao pódio, a minha vida é muito corrida, então essa não é a minha ambição. Meu objetivo é melhorar a mim mesma e evoluir mais a cada ano”, conta.

Além de desafios, tem aqueles que participam para celebrar, como é o caso do funcionário público José Vasconcelos. “O que me motiva é que ela vai acontecer um dia após meu aniversário, quando eu faço 58 anos. Eu gosto de correr os 24 km porque essa corrida também é um coroamento do tempo que a gente passa treinando, por conta desse percurso desafiador, tenho todo um treino específico para isso. Então eu aproveito bastante dessa corrida que é uma festa muito animada, organizada e de pura felicidade”, ressalta José.

Apesar de os objetivos serem diferentes para cada participante, a preparação e a constância nos treinos são unanimidade entre os atletas. Todo aquele que tem acompanhamento recebe uma rotina que busca deixá-lo preparado tanto fisicamente, quanto emocionalmente. A técnica de enfermagem Edla Macena conta que a preparação para a sua segunda edição está sendo intensa.

“Estou treinando com uma certa intensidade, até porque o percurso de 24 km exige que seja feito um fortalecimento, uma alimentação adequada, uma rotina de treinos e de sono. Estou treinando em ladeiras mais intensas, para quando chegar no percurso original, não sentir tanta dificuldade. Além disso, esse é um percurso que exige muito da nossa mente, então precisamos trabalhar o corpo em conjunto com a mente porque se não qualquer quilometragem é ruim”, explica.