Em constante trabalho de prevenção contra a dengue, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Educação (Semed), vem desenvolvendo ações continuadas nas escolas da rede. Com as iniciativas de conscientização e atividades práticas executadas pelos próprios estudantes, o entendimento dos perigos causados pela picada do mosquito Aedes Aegypti acabam sendo absorvidos com maior efetividade, tornando os alunos agentes de combate à dengue.
Neste sentido, a Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Dr. José Calumby Filho, reconhecendo a importância da participação e entendimento das crianças sobre a dengue, realizou uma atividade em que os pequenos produzem repelentes. Em uma parceria com o Instituto Micael, que viabiliza profissionais e apoio nos materiais para o momento, a aprendizagem aconteceu em meio a diversão.
A coordenadora pedagógica da Emei, Greisse Kelly Santos, destaca que a ação vem acontecendo ao longo da semana, permitindo que as crianças levem os repelentes para suas casas e usem com os pais e responsáveis.
“Quando a criança participa do processo, o concreto se torna muito mais significativo para ela. Então, ao levá-las a buscar os possíveis focos da dengue e a produzir o repelente que vai ser usado por ele e sua família, a conscientização se torna muito mais significativa. Com essa participação ativa deles, eles se tornam nossos verdadeiros brigadistas mirins, levando para as suas famílias e comunidade esse sentimento de proteção e de cuidado”, afirma.
Ainda segundo a coordenadora, a ação acontece graças ao apoio do Instituto Micael, que faz a tutoria na Emei, a partir da pedagogia Waldorf, abraçando as ações da instituição de ensino. “Assim, eu, enquanto coordenadora, junto com as professoras, a gente desenvolve as propostas e o Instituto Micael chega para realizar junto conosco”, detalha Greisse Kelly.
Participação das crianças
Coordenados pelas professoras, os alunos se envolvem e se divertem com os materiais de preparação do repelente. Após uma breve explicação, os pequenos se sentem preparados para colocar a mão na massa.
Marina Lima, de 4 anos, entende que está fazendo um “perfuminho que espanta o mosquito”. “O repelente vai matar o mosquito da dengue, que se cria em água parada. Para que ele morra, tem que limpar a casa, jogar o lixo e fechar tudo com uma tampa. Para não pegar dengue, eu vou passar esse perfuminho em mim e nos meus pais, porque o repelente é muito bom para a saúde e vai matar o mosquito”, diz.
Micael Santos, 4 anos, também está ciente do perigo da dengue. De acordo com ele, o repelente é quem vai protegê-lo de ficar doente. “O repelente serve para matar o mosquito da dengue. É ele que vai cuidar do meu corpo e não vai deixar que ele me pique. Eu vou colocar os cravinhos dentro do potinho, mexer e levar para casa, para que eu e minha casa não fique doente”, explica.
