Idosos do Serviço de Convivência participam de oficina para desenvolver habilidades tecnológicas

Assistência Social e Cidadania
21/03/2024 17h09

O acesso à internet é fundamental para promover a igualdade de oportunidades e prevenir a exclusão social. Quando o assunto é tecnologia, é preciso que sejam adotadas medidas a fim de reduzir a diferença existente entre as diversas camadas sociais. Por isso, a Prefeitura de Aracaju levou aos idosos assistidos pelo Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) do Centro de Referência da Assistência Social (Cras) Maria José Menezes, equipamento da Proteção Social Básica (PSB) gerenciado pela Secretaria Municipal da Assistência Social, a oportunidade de aprender como utilizar as novas tecnologias e adquirir mais independência.

O curso “Mais Conectados com a Melhor Idade”, realizado pela Central Única das Favelas (Cufa), e financiado através do fundo do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa, teve a primeira etapa concluída nesta quinta-feira, 21. Esta primeira fase do projeto teve o objetivo de promover uma independência, orientar e instruir idosos que fazem parte da SCFV do Cras Maria José Menezes e da comunidade do bairro Coqueiral, sobre o uso do smartphone e suas tecnologias com aulas que levaram conteúdos práticos e dinâmicos.

“Eu acho muito interessante essa parceria com o Projeto Mais Conectados, que vem a somar com os idosos que participam do serviço de convivência, como os da comunidade também. Eles estão tendo um aprendizado para utilizar os aplicativos e outras ferramentas do celular, mas, não é somente aprendendo essa questão tecnológica, mas acabando com essa dependência, porque muitos dependem da família para poder retirar o dinheiro, para poder estar enviando alguma mensagem, e aqui eles acabam criando essa independência de estarem buscando as famílias. Além do aprendizado eles estão socializando, participando, se somando aos demais”, explicou a coordenadora do Cras Maria José Menezes, Jane Prejuízo.

O diretor de tecnologia da Informação da CUFA e instrutor do curso, Rafael Silva, conta que é um momento incrível contribuir para que as pessoas se tornem independentes em questões tecnológicas. “Para mim, isso é uma experiência gratificante. Porque eu adoro divulgar conhecimento, difundir, principalmente sobre tecnologia. E aí ver eles ali, ávidos por pesquisar qualquer coisa sobre, por exemplo, sobre o que é uma votação, como funcionaria uma urna eletrônica, como eu posso me inscrever online para fazer a vacinação da gripe, que foi um dos questionamentos de uma das colegas da turma. Estou muito feliz de verdade, é algo que  estou contribuindo para a sociedade, um mundo melhor”, disse.

A aposentada e usuária do SCFV, Cícera Santos, revela que não tinha tanta habilidade, e se sente feliz por saber que não está mais tão dependente das pessoas. “Não preciso mais ficar pedindo às pessoas para me ensinar. O que eu aprendi nesses dias do curso, já estou ensinando pra minha mãe e irmã em casa, eu digo como elas tem que fazer e dá tudo certo. Quando eu estou sem fazer nada em casa, pego meu telefone e fico pesquisando sobre roupas, olhando as lojas e também como costurar certos modelos. Hoje eu me sinto mais pertencente e independente para poder usar o telefone”, concluiu a aposentada.