Aracaju contra a dengue: trabalho de conscientização nas escolas conta com parcerias

Saúde
27/03/2024 16h26

Lançado no final do mês de fevereiro, o plano de ações da campanha Aracaju contra a dengue conta com uma série de medidas, entre elas, o trabalho de conscientização nas escolas. Para isso, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), tem contado com parcerias importantes e fundamentais nesse combate ao mosquito. Nesta quarta-feira, 27, a ação ocorreu na Escola Estadual Jacinto Figueiredo, localizada no bairro Farolândia, e teve a participação da Universidade Tiradentes (Unit).mNo local, as equipes interagiram com alunos na faixa etária de seis a 15 anos, por meio de palestras, brincadeiras interativas e educativas sobre o combate ao mosquito.

"É um trabalho de estímulo à prática de hábitos saudáveis para a promoção da saúde dos alunos, gerando pequenos mobilizadores, que orientam sua comunidade sobre a boa conduta social, além de formar crianças multiplicadoras na prevenção da dengue, zika e chikungunya e no combate ao mosquito. Para isso, contar com parcerias é extremamente importante porque amplia a equipe de trabalho e, consequentemente, facilita para alcançar mais pessoas, neste caso, alunos", destaca a referência técnica do Programa Saúde na Escola (PSE), Aline Guimarães.

Segundo a professora de Enfermagem da Unit, Yandra Castro, além de ensinar, é feita a orientação de uma forma lúdica e bem direta à prevenção contra o mosquito. “Essa atividade é uma parceria com a SMS que vem dando muito certo, pois reforça os temas que trabalhamos em sala de aula e o alerta para a comunidade escolar. Por isso, trouxemos os alunos de Enfermagem para ter a vivência da saúde na escola. Os estudantes saem da universidade e vêm para o campo visualizar uma prática que os enfermeiros fazem dentro das unidades e nas escolas também", explica a professora.

Esse é o tipo de conhecimento que a universitária Gabriela Marmoré levará para sua vida profissional. "Estas ações beneficiam não apenas nós, futuros profissionais, mas a vida das crianças que estão em fase de crescimento e precisam de auxílio e informações sobre o Aedes. É fundamental que a população siga cumprindo com o dever de monitorar sempre os quintais, principalmente depois da chuva, e que, se tiver a necessidade de armazenar água em lavanderias, caixas d'água e tonéis, que os recipientes sejam muito bem tampados e que seja mantida uma rotina de limpeza pelo menos uma vez por semana", detalha Gabriela.

Para a coordenadora da escola, Maria Helena Freitas, essas ações possibilitam uma conversa direta com as crianças e adolescentes no que diz respeito ao perigo de não se combater o mosquito. “É fundamental que as crianças entendam o papel que todos nós temos nessa luta e se transformem em multiplicadores da informação, levando para dentro de casa tudo aquilo que aprenderam na escola. A escola atua na formação da criança em sua integralidade e, quando temos essas intervenções no âmbito escolar, fortalecemos o projeto político-pedagógico da instituição na formação de cidadãos saudáveis e conscientes", reforça.

Aos nove anos de idade, quem compartilha o mesmo pensamento é a aluna Sara Nascimento. "Com certeza, quando eu chegar em casa, vou compartilhar com a minha família as informações que recebemos. Depois de toda informação passada nessa ação, me sinto preparada para combater ao mosquito”, afirma Sara. 

Para a aluna Maria Luiza Teles, dez anos, as pessoas precisam ter mais consciência e cuidar das suas casas. “Aprendemos que o mosquito continua se proliferando, e que é mais dentro de casa. A gente tem que cuidar, prestar atenção onde a gente mora. Por isso, todo mundo tem que se juntar e ajudar a acabar com o mosquito”, frisa a estudante.