A Prefeitura de Aracaju recebeu, nesta quarta-feira, 10, a visita técnica de uma equipe do Ministério da Saúde (MS), que esteve na Secretaria Municipal da Saúde (SMS) com o intuito de acompanhar, pessoalmente, o que o município teve como experiências exitosas, e debater melhorias para as coberturas vacinais.
A visita faz parte do microplanejamento do Ministério da Saúde, uma forma de trabalho adotada pelo órgão junto à Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), para atividades de vacinação de alta qualidade, com uma metodologia que visa auxiliar na organização das ações de vacinação e na recuperação das coberturas vacinais.
“Esta visita vem dar visibilidade às práticas que ocorrem nos territórios, seus pontos positivos, desafios e perspectivas futuras sobre a organização das ações de imunização do município, outras estratégias de vacinação e, consequentemente, a erradicação, eliminação e o controle de doenças imunopreveníveis”, destaca a diretora de Atenção à Saúde (DAS) Janaína Cavalcante.
Em Aracaju, foi realizada a análise dos indicadores e as ações implementadas pelo município, enfatizando a importância do compromisso contínuo com o aumento da imunização e a busca constante por melhorias. Segundo o consultor técnico do Ministério da Saúde, Carlos Edson Hott, a visita foi um retorno do microplanejamento que aconteceu em 2023.
“Nossa metodologia favorece um trabalho dinâmico, uma vez que possibilita adequações, na medida em que novos cenários ou informações se apresentam. O microplanejamento propicia a integração e oferece estratégias para intersetorialidade, o que permite desenvolver, de forma ordenada e sistemática, a programação, a organização, a coordenação, a execução e a avaliação das estratégias de vacinação no território, para que seja alcançada a meta de cobertura vacinal. Analisamos as ações realizadas, as fragilidades que precisam ser melhoradas e também debatemos os pontos positivos atingidos. Ainda este ano, será realizada uma nova visita e avaliação”, enfatiza o consultor do Ministério da Saúde.
De acordo com a coordenadora de Imunização da SMS, Larissa Ribeiro, o microplanejamento trata de uma metodologia simples, que toma por base as características locais do público-alvo, suas condições geográficas, sociais, culturais e demográficas da área de abrangência da Unidade de Saúde, Equipe Saúde da Família e suas salas de vacina.
“Esse planejamento ajuda na execução, monitoramento, supervisão e avaliação das atividades de vacinação. Nossas estratégias de cobertura vacinal giram em torno de chegar até o usuário, além de estimular a vacinação com ações descentralizadas, com a presença das equipes de saúde nas escolas, o que facilita o acesso à vacinação, atendendo à necessidade de deslocamento das famílias para as Unidades de Saúde, fundamentais no processo de avanço da cobertura vacinal”, explica Larissa.
Ações exitosas na capital
- Busca Ativa: com a inserção de vacina de rotina de 5 anos+ nos três shoppings da capital; envio de mensagens via whatsapp para os responsáveis desses pacientes solicitando que comparecessem as unidades de saúde para realização de atualização da caderneta de vacina; vacinação in loco pelas Estratégia da Saúde da Família em suas respectivas áreas e microáreas principalmente em áreas de difícil acesso; divulgação em massa por meio de televisão, rádio e outros meios de comunicação.
- Utilização de Prontuário Eletrônico: é necessária a utilização de sistemas de informação em saúde a fim de monitorar e avaliar a cobertura vacinal, identificar lacunas na imunização e direcionar estratégias de intervenção.
- Vacinação nas Escolas: é utilizado o termo de autorização dos pais para vacinação e busca ativa, visando vacinar o calendário.
- Unificação dos Cadastros: melhorar a qualidade dos dados, aumentar a eficiência operacional, melhorar a tomada de decisões, facilitar a prestação de serviços e garantir a segurança e a privacidade dos dados.
- Pontos de Vacinação: drive-thru, carro itinerante, Forró Caju, orla, shoppings, Marinete do Forró. A cobertura vacinal é um indicador fundamental no em proteger a população contra doenças evitáveis por vacinação. Realizar campanhas periódicas em todo o Município, sendo comprovado cientificamente que o aumento da cobertura vacinal contribui significativamente para a redução da morbidade e mortalidade associada a doenças preveníveis por vacinação.
