As ações inovadoras e os atributos de uma cidade inteligente sempre fizeram parte das prioridades da Prefeitura de Aracaju no que diz respeito à modernização. Para discutir e ampliar o conhecimento dos servidores municipais sobre o tema, a Secretaria Municipal do Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplog), através da Escola de Governo e Administração Pública (Esgap), promoveu uma palestra nesta terça-feira, 14.
Intitulada "Tecnologias aplicadas a uma cidade inteligente, inovadora e sustentável", a palestra foi ministrada pelo professor do Departamento de Computação da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Gilton Ferreira, que é doutor em Ciência da Propriedade Intelectual. O objetivo foi mostrar diferentes maneiras de tornar uma cidade inteligente, de forma humanizada e priorizando o cidadão.
O diretor da Esgap, Bosco Rollemberg, lembra que fazer de Aracaju uma cidade inteligente e inovadora sempre esteve no foco da atual gestão. "Essa foi uma marca da gestão desde o início, por iniciativa do prefeito e resultado da construção coletiva do Planejamento Estratégico, que é colocar Aracaju no patamar das cidades inteligentes e criativas. O foco não é a tecnologia apenas por tecnologia, mas o atendimento das novas necessidades da população", reforça.
Bosco destaca também que a palestra foi uma forma de aproximar o poder público das instituições acadêmicas, utilizando o conhecimento e pesquisa científica para buscar melhorias para a sociedade. "Hoje tivemos essa integração com um professor universitário, e esse é o papel social do conhecimento científico. Às vezes, as instituições ficam compartimentadas e o conhecimento não chega na ponta, para a solução dos problemas de onde as universidades estão inserida", avalia o diretor.
Embora seja um profissional da área de Computação, Gilton desmistifica a ideia de que tecnologias estão relacionadas apenas a equipamentos digitais e softwares. Para ele, a principal tecnologia para buscar soluções inovadores que irão transformar a cidade é o ser humano.
"Uma das principais importâncias da tecnologia nas cidades inteligentes são as pessoas. Qualquer cidade inteligente, seja mais ou menos avançada tecnologicamente, se não souber utilizar a tecnologia para melhorar a qualidade de vida, não funciona. A gente fala em tecnologia, mas, na verdade, é solução. Em época de inteligência artificial, em que tudo é automático, soluções mais humanas são o diferencial. Uma moda, por exemplo, é a criação de aplicativos. Os programadores focam na tecnologia do aplicativo, mas esquecem de quem vai utilizar isso. O objetivo é focar nesse público, entender suas necessidades para, assim, encontrar uma solução para eles", explica o palestrante.
Essa maneira de enxergar a tecnologia pensando no cidadão foi algo que chamou a atenção do analista ambiental Luciano de Gois Santos, da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Sema). Para ele, a palestra mostrou novos caminhos para serem utilizados no dia a dia de trabalho. "Foi muito proveitoso porque trouxe um olhar de como deveríamos pensar nossa cidade para que ela fique mais sustentável e inteligente. Aprendemos várias formas de pensar fora da caixa. Tenho certeza que todos saímos com a possibilidade de formar novas ideias", garante.