Escola Tech: displays interativos aprimoram ensino-aprendizagem da Educação Especial

Educação
13/06/2024 09h21
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O programa Escola Tech, desenvolvido pela Prefeitura de Aracaju, vem equipando digitalmente todas as unidades de ensino da rede, por meio da Secretaria Municipal da Educação (Semed). Com um pacote tecnológico que contempla todas as modalidades, as Salas de Recursos Multifuncionais (SRM) da Educação Especial, é um dos setores em que a presença das ferramentas aponta uma mudança expressiva na qualidade e diversidade das metodologias no ensino-aprendizagem.

O Escola Tech oferece câmeras aéreas, totens de reconhecimento facial, notebooks para todos os alunos do Ensino Fundamental e Educação de Jovens e Adultos, além dos displays tecnológicos, que são telas de 75 polegadas, conectadas à rede de internet da gestão. Dada a diversidade de equipamentos, as escolas têm autonomia para direcioná-los e utilizá-los da forma que mais potencializa a educação e, no caso das Salas de Recursos, o display interativo é a tecnologia que mais vem agregando na rotina de ensino especializado para cada aluno assistido.

Com a implementação positiva, a gestora da Coordenação da Educação Especial (Coesp), Maíra Ielena, afirma que, pensar na modernização da sala de recursos é essencial pois, ainda que outros equipamentos e recursos continuem sendo importantes, é fundamental esse elo com a tecnologia.

“Geralmente, no Brasil, os recursos são associados a jogos de madeira, brinquedinhos como Lego e eles são super válidos. No entanto, a gente não pode deixar de implementar a tecnologia de ponta. É importante perceber que o estudante público-alvo da educação especial consegue, muitas vezes, interagir muito bem, às vezes até melhor, com essas tecnologias. Portanto, os displays eletrônicos e as demais plataformas digitais trazem outras possibilidades de recursos e de ferramentas para os professores e auxiliam no aprimoramento do processo de inclusão escolar”, destaca.

Para Cátia Matias, professora da Sala de Recursos da Emef Presidente Vargas, o display agrega no uso da alta tecnologia e fortalece a participação dos estudantes, principalmente por meio de jogos interativos, já que é um dispositivo que pode ser tocado pela criança.

“Essa prática melhora o engajamento, a atenção, fazendo com que a criança aumente os níveis de memória a longo prazo, algo importante, já que nós atendemos crianças com demandas específicas de aprendizagem. Geralmente, elas têm dificuldades de leitura, de compreensão textual, dificuldades de armazenamento de informações a longo prazo e a tecnologia vem trazer esse engajamento para que a criança fique mais atenta e melhore a percepção visual, trazendo uma série de benefícios”, avalia.

A docente também explica que, durante os atendimentos para o público-alvo da educação especial,trabalha-se com a habilidade de cada estudante, e não com o conteúdo em si.

“Nós trabalhamos com habilidade de memória, de atenção, de metacognição, controle inibitório, de pensar antes de agir e de organizar uma informação para depois exercitar o comando. Então, para a gente é maravilhoso. O display interativo enriquece as habilidades que a gente deseja trabalhar e é um recurso que a gente não pode deixar de utilizar, porque, além de agregar no ensino, ele é algo diferente para as crianças, elas ficam super empolgadas e comemorativas”, declara a professora Cátia.