Servidores municipais de Aracaju debatem sobre cidades-esponja e soluções climáticas

Planejamento e Orçamento
18/06/2024 14h30
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O debate sobre as questões climáticas têm recebido atenção especial por parte das equipes da Prefeitura de Aracaju. Nesta terça-feira, 18, a Secretaria Municipal do Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplog), através da Escola de Governo e Administração Pública de Aracaju (Esgap), promoveu uma palestra sobre como contornar enchentes e alagamentos com as cidades-esponja. O encontro aconteceu no auditório do Centro Administrativo Prefeito Aloísio Campos.

Durante a palestra, foi apresentado o funcionamento das chamadas cidades-esponja e as possibilidades de aplicação desse conceito, já consolidado em diversos países, na realidade da capital sergipana. A utilização da técnica passou a ser discutida após a recente tragédia no Rio Grande do Sul. Para a educadora ambiental da Esgap, Raphaella Ribeiro, o assunto é urgente e deve pautar a sociedade.

"Esse é um tema que está sendo debatido mundialmente, devido às emergências climáticas. Era algo que já deveria estar sendo discutido há muito tempo, mas agora está sendo chamada a atenção por conta da emergência de trabalhar com alternativas para que a gente possa adaptar o ambiente urbano às questões climáticas", afirma.

Para ampliar o debate, o encontro foi aberto ao público externo e à comunidade acadêmica. "Convidamos servidores não apenas do município, mas de secretarias do Estado, além de estudantes do curso de Arquitetura e de algumas outras áreas. Nosso intuito é que possamos pensar em uma cidade sustentável e adaptada a questões climáticas e perpetuar as ideias sustentáveis de uma forma eficaz", explica. 

A palestra ‘Cidades-esponja: estratégias para lidar com enchentes e mudanças climáticas’ foi conduzida pelo arquiteto Leonardo Maia, que falou sobre as teorias e funcionamento das cidades-esponja, abordando as especificidades e ferramentas necessárias para compor um projeto voltado para isso. Para ele, promover a discussão entre os participantes e a troca de conhecimento é uma iniciativa importante para avançar no tema. 

"É fundamental que os servidores tenham a possibilidade de acessar e debater essas funcionalidades, ferramentas e todo o processo de uma maneira simples, junto aos pares, e conversando entre as secretarias. Esse espaço é o mais rico de todos, até menos pelo conhecimento em si, mas pela possibilidade de troca de experiências", avalia. 

A coordenadora de Planejamento e Gestão de Riscos da Defesa Civil Estadual, Flávia Emanuella Cruz, elogiou a realização do encontro. "Já que não podemos ir contra a natureza, é preciso aprender a conviver com ela. Por isso, é importante buscar soluções que possam mitigar os desastres, que vão ser cada vez mais impactantes pelas questões climáticas, especialmente para a população que reside em locais mais vulneráveis, como áreas de risco e margens de rios", comenta a coordenadora.