Prefeitura dá início ao Curso de Formação Educador Social

Família e Assistência Social
12/08/2024 16h07
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A Prefeitura de Aracaju, por intermédio da Secretaria Municipal da Assistência Social, iniciou nesta segunda-feira, 12, o Curso de Formação Educador Social: “O outro, eu e o outro que há em mim”. Resultado de uma parceria com o Instituo Braços, a capacitação ocorrerá a próxima sexta-feira, dia 16, na Escola do Legislativo Neuzice Barreto, na capital sergipana, e é direcionada a educadores sociais atuantes na Proteção Social Especial (PSE) de Média e Alta Complexidade.

O curso, ministrado pelo professor e militante em Direiros Humanos Robson Anselmo dos Santos, e pelo professor e educador social da rede de atendimento em Pernambuco João Batista do Espírito Santo Júnior, objetiva aproximar os profissionais dos assistidos, bem como entre os próprios profissionais.

“Essa formação busca promover uma troca de experiências, de práticas e, acima de tudo, refletir criticamente as práticas adotadas com o manejo e o trabalho com a população de rua. Nós fizemos o convite ao Instituto Braços, que trouxe dois professores que têm expertise e renome na área, com o objetivo de traçar novos caminhos, novos rumos metodológicos e atender de forma mais específica e técnica a população de rua aqui de Aracaju. Esse momento de formação é gratificante porque transforma a prática, transforma a alma e transforma o fazer”, explica o coordenador da Alta Complexidade da PSE, Edilberto Filho.

Durante o primeiro dia de encontro, o professor João Batista promoveu uma dinâmica na qual os educadores se reuniam em uma roda e compartilharam suas experiências de vida e profissional. Ele explica que o foco desta formação é emancipar-se um pouco dos conceitos puramente técnicos, fazendo com que os profissionais explorem, de forma lúdica, o eu interior e como isso influencia na sua atuação profissional.

“As dinâmicas são realizadas para que os educadores entendam que o trabalho que eles fazem com o outro está ligado a quem eles são, e quando nos permitimos analisar mais a fundo é notório que cada parte da gente gere um conjunto de marcas positivas e negativas. Então eu vou trabalhando essas marcas com o grupo para eles trazerem o lado pessoal que por vezes é esquecido no ambiente de trabalho e não deveria, fazendo também com que eles reflitam sobre as dores das pessoas que são assistidas por eles, a solidão de uma pessoa dependente química, de uma pessoa que encontra-se em situação de rua, entender como aquela pessoa chegou até ali”, detalha João Batista.

Presente no curso, a educadora social Maria Bethânia Cardoso, do Centro-Dia de Referência para Pessoas com Deficiência, reconheceu que a ludicidade do curso proporcionou a troca de experiências, o que ela classificou como "impagável". "Porque a gente não é produto pronto e acabado, a gente está sempre buscando, e a experiência do outro de repente contribui para a nossa própria dinâmica, o nosso cotidiano, e isso sim é que é importante, outros momentos como este são válidos e muito bem-vindos”, reforça a educadora.