Prefeitura realiza oficina sobre autismo com operadores do Cadastro Único

Família e Assistência Social
20/09/2024 14h15
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A Prefeitura de Aracaju, através da Secretaria Municipal da Assistência Social, realizou nesta sexta-feira, 20, em parceria com Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), uma oficina intitulada “Autismo: conhecer, acolher e incluir”. A oficina aconteceu na Casa dos Conselhos Municipais, localizada no centro da capital, e contou com a presença de recepcionistas, cadastradores do Cadastro Único (CadÚnico) e coordenadores dos 16 Centros de Referência da Assistência Social (Cras) da capital.

O objetivo da oficina foi qualificar operadores do CadÚnico e recepcionistas para um melhor atendimento, orientar sobre a vivência das famílias atípicas e pessoas do espectro, sensibilizar os profissionais sobre o capacitismo e barreiras atitudinais e, além disso, foram realizadas dinâmicas comportamentais para contribuir com um ambiente de trabalho melhor.

“Essa oficina sobre o autismo é justamente para qualificarmos nossos profissionais que muitas vezes fazem o primeiro atendimento da população que chega aos nossos Cras. É fundamental eles compreenderem como lidar com famílias e essas pessoas com o espectro autista. Tivemos a parceria da Apae nessa oficina, que tem toda bagagem em atender e cuidar de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), para explicar de que maneira acolher os usuários que chegam aos Cras. Além disso, é importante o cuidado com profissional, como nós cuidamos de pessoas, é importante cuidar de quem atende essas pessoas, então tivemos algumas atividades para que os profissionais consigam desenvolver um atendimento humanizado e correto”, explicou a diretora de Gestão Social da Habitação e Políticas de Transferência de Renda, Yolanda de Oliveira.

O palestrante e psicólogo, Gabriel Santos, destaca a importância de proporcionar um espaço de aprendizagem para pensar e trocar ideias de como acolher melhor o usuário que chega ao Cras numa construção coletiva.

“São muitas demandas que podem surgir no nosso dia a dia e quando a gente fala de pessoas autistas e famílias atípicas, é aí que a gente precisa ter uma sensibilidade para não reproduzir capacitismo e poder, de certa forma, saber direcionar, levar informação de qualidade para essas pessoas, sobre os seus benefícios, sobre os seus direitos. Nesse momento, ele tem essa intenção de humanizar as reflexões, os espaços, construir também coletivamente um lugar de saberes, um lugar de direitos, um lugar de acolhimento, um lugar de humanização. Então, a sociedade e todos nós cidadãos temos esse papel de construir um espaço para que a temática seja difundida de maneira coerente e com informação de qualidade”, afirmou Gabriel.

“Como porta de entrada para o Cadastro Único, somos fundamentais para esse público que vem crescendo bastante, temos percebido em nossos equipamentos um aumento muito grande, com uma frequência maior de mães com crianças autistas, então passamos a fazer parte de uma engrenagem que vai viabilizar o acesso dessas crianças, desses adolescentes, dessas mães e pais de crianças com TEA aos benefícios sociais, como por exemplo, ao Benefício de Prestação Continuada (BPC)”, afirmou o cadastrador que atua no Cras Pedro Averan, Caio Gabriel Santos.

Para o também cadastrador Mário Rodrigues, que atende no Cras Gonçalo Rollemberg Leite, a oficina vai fazer com que os atendimentos tenham um melhor aproveitamento. “Essa capacitação abre caminhos para nosso atendimento, vai ajudar numa dificuldade que a gente tinha de estar tendo contato com a pessoa ou família com TEA dentro do Cras, então hoje muitas dúvidas foram esclarecidas para nosso atendimento, sem contar que é algo que pode abranger para as equipe técnicas também”, contou Mário.